W: Relativamente à comunidade escolar, tendo em conta a importância do exemplo dos professores na formação dos jovens, planeiam alargar, trabalhando em rede, as iniciativas do PEV aos agrupamentos de escolas do concelho e, eventualmente, ao panorama escolar nacional?
PEV: Estamos neste momento integradas numa rede, com pessoas de todo o país, que está a iniciar esse trabalho, pois consideramos que é na escola e junto das crianças que se deve focar a nossa acção. É nossa intenção dar a conhecer o nosso projecto a outras escolas para que possam seguir um caminho similar, que ajude a sensibilizar cada vez mais crianças e jovens para a necessidade de anular o sofrimento animal e melhorar os hábitos alimentares e outros, como os de higiene, sendo sempre respeitadores da vida, dos animais, do ambiente e da sua própria saúde. As nossas acções não se destinam apenas ao público infantil; salientamos a importância do debate entre os alunos mais crescidos. Este ano lectivo já tivemos na escola a presença da Aliança Animal para um debate sobre “Os direitos dos animais”, numa sessão que durou muito mais tempo que o previsto, o que demonstra a importância destas conversas.
Durante o mês de março vamos expor, na nossa escola, o “despertaDOR”, uma instalação que integrou a XIX Bienal de Cerveira, em 2017 e que vai voltar na sua versão IV. Este trabalho será alvo de uma apreciação crítica (tema obrigatório do programa de Português do 12º ano como preparação para o exame nacional da disciplina). Desafiaremos professores de outras áreas, nomeadamente de Filosofia, Artes Visuais e Biologia, para desenvolverem trabalho à volta desta obra. Esta instalação e o modelo aplicado serão disponibilizados para serem utilizados em outras escolas ou entidades que o solicitem, num projecto que apelidamos “O despertar de cada escola”.
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