redes sociais. É através delas que nos chegam pedidos de orientação, sugestões e partilha das suas experiências a partir das nossas receitas. Através da divulgação das receitas em dois formatos (papel e virtual) chegamos a pessoas de diferentes níveis etários e com interesses diversificados. A resposta de quem aboliu a utilização de produtos de origem animal com a ajuda das nossas receitas tem sido para nós extremamente gratificante uma vez que salientam a facilidade e simplicidade na confecção dos diversos pratos, sem perderem o travo do sabor tradicional.
W: Os Workshops Gastronómicos desenvolvidos pelo PEV na escola são uma excelente oportunidade de educar para a saúde. Quais os planos e iniciativas previstas para o presente ano lectivo? Podemos esperar novidades?
PEV: Como será do conhecimento geral, não podemos intervir na cozinha da escola, pelo que desenvolvemos o nosso trabalho a partir das nossas próprias cozinhas e em demonstrações culinárias. Temos desenvolvido workshops abertos à comunidade escolar e a todos aqueles que queiram participar. O último workshop realizado foi dinamizado pelos encarregados de educação de uma aluna. Continuamos a cozinhar para os professores uma refeição saudável, apetitosa e económica semanalmente; partimos de receitas tradicionais e adaptamo-las, substituindo todos os produtos de origem animal por alimentos nutricionalmente equivalentes e igualmente saborosos. Para além destes workshops, que consideramos um veículo eficaz e fundamental para transmitir as ideias, desenvolvemos outras atividades no âmbito da culinária e sempre que a ocasião o proporcione, como acontecimentos comemorativos, festas de grupos ou outros. Pretendemos manter esta dinâmica dentro e fora do nosso agrupamento.
W: Enquanto professoras, inseridas no contexto da escola pública, como descrevem a atitude, interesse e proactividade dos jovens estudantes face à adopção do veganismo, enquanto proposta de constituição de um mundo melhor?
PEV: Embora nos apercebamos que muitos jovens são sensíveis à questão dos animais sacrificados pela indústria animal, ainda não perceberam que podem concretizar essa mudança na sua própria alimentação. Na verdade, a maioria revela-se pouco consciente, descurando a importância de uma tomada de consciência individual face ao coletivo. Destaca-se o facto de os jovens dependerem dos pais que os limitam de forma insustentada nas suas opções, na maior parte das vezes por falta de informação, facto comentado frequentemente pelos próprios alunos.
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