WDJ_TRABALHO 2- CARLA MOURA 1 | Page 11

cidadãos sorteados convive com uma câmara de cidadãos eleitos. E Fishkin lembra: cidadãos sorteados já têm poder hoje. Toda pesquisa de opinião é baseada em amostragens aleatórias, pesquisas essas que se tornam um fato político em si porque tomadores de decisão as levam em conta.

NO BRASIL

“Nunca existiu tanta energia na base da sociedade como agora, em termos de organização, coletivos etc. No entanto, a recente reforma eleitoral excluiu esses tipos de força porque, caso queiram apresentar uma candidatura, terão que entrar em um partido, se submeter ao partido e ao fato de que ele não vai dar recurso para você fazer campanha. Além disso, não existe nenhum projeto sério para de fato incorporar essas forças novas”. radiografou com pessimismo Marcos Nobre.

Nobre.

Para Pablo Ortellado, porém “já temos alguns mecanismo bem consolidado e outros que estão sendo testados”. “Os bem consolidados, sobretudo no Brasil - que é a referência internacional neste tema neste tema -, são os conselhos e as conferências, espaços formais de participação cidadã na elaboração de políticas públicas. A experiência brasileira mostrou que é possível uma grande abertura por parte do Estado, ao ponto de envolver centenas de milhares de pessoas.” No entanto, há limites: essas participação só funciona bem quando governo e sociedade civil têm projetos convergentes. “Quando há conflito, prevalece quase sempre a vontade do governo. A participação, no modelo brasileiro, é frutífera apenas quando a sociedade civil colabora com o governo para aperfeiçoar, impulsionar e legitimar uma política.