Vida de Restaurante Gestão e Negócios - 1ª Edição | Page 17
Sul, também comprado por Kakay (este
ele manteve, administra com a esposa).
Cardápio sintonizado com vinhos da carta,
é ali que muitos políticos e magistrados se
reúnem para um “happy hour” de terça
a quinta, preferencialmente. No embalo
desse modelo, existe há anos o Grand
Cru, com casas no Lago sul e na Asa
Sul, concorrente direto do Piantas para
saborear vinhos e bons pratos. Ambos
com espaços para fumantes de charutos.
Já para quem prefere falar de negócios
empresariais – e em Brasília, admite-
se, são na maioria do setor privado com
público, e vice-versa – os pontos de
encontro são os excelentes churrascaria
Fogo de Chão (Setor de rádio e TV Norte,
frente à Torre de TV), os paulistanos
Gero (Shopping Iguatemi, Lago Norte)
e Rubayat (setor de clubes Sul). As três
Casas paulistas abriram há poucos anos
e com a elegância, tratamento e cardápio
que se espera delas.
Agora, o que considero o melhor cenário:
onde, na ‘Meca’ do Poder do Brasil, se
mistura formalidade e descontração,
política e happy hour? Um endereço
certo: há seis anos o noturno Balcony
Bar (412 sul) tornou-se o reduto eclético
brasiliense. No estilo american bar, à
meia luz, com um balcão central inspirado
nos bares de Nova York, o Balcony caiu
no gosto da turma do Poder. Joaquim
Barbosa tem mesa cativa lá, onde Aécio
Neves, ministros e outros grãos-políticos
podem ser vistos como qualquer cidadão
no balcão em doses de uísque e drinks
variados. É ponto de encontro semanal
para almoço de ministros de Cortes
do Judiciário (abre somente para a turma
da toga). E o melhor, discretíssimo – um
paredão com tijolos e uma porta separam
a rua do ambiente, onde um saxofonista
circula as mesas. Ao fundo, a pracinha
aberta La Floridita é o reduto dos charuteiros
(Não há charutaria na capital por força de
lei distrital, que proíbe o contato de garçons
com a fumaça do tabaco).
Houve experiências infelizes na cidade.
Dois famosos restaurantes abriram casas
belíssimas na capital, mas sucumbiram à
concorrência. Foram os casos do paulistano
A Bela Sintra, e do carioca Antiquarius.
No entanto outros bons vieram e ficaram,
e se consolidam no gosto do brasiliense
e dos visitantes. Descobrem , todos, que
além dos tapinhas e beijos, Brasília é de
dar água na boca.
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