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disso algumas ruas ficaram tão estranguladas que não possuem mais
calçadas. A Rua 33, antes ocupada por residências e hospedarias, possui
uso comercial que aumenta com o passar dos anos, substituindo a
arquitetura e a própria volumetria proposta por pequenos edifícios.
5.4
Os Planos Diretores e Orientações Políticas
Quando a cidade foi projetada e construída foram feitos diversos
planos e previsões de como iria se desenvolver. A expectativa gerada na
região sobre os impactos da usina, desconhecidos para os municípios, fez
com que houvesse tentativas de elaboração de um plano regional.
Entretanto, tal iniciativa não foi bem-sucedida (Bastos, 2006). Dessa
forma, o planejamento só existia nas áreas construídas e mantidas pela
CSN.
Na década de 70, quando a cidade de Volta Redonda foi classificada
como Área de Segurança Nacional, foi elaborado o primeiro documento
de planejamento do desenvolvimento urbano da cidade, o PEDI-VR –
Plano Estrutural de Desenvolvimento Integrado de Volta Redonda. Tal
documento representava uma grande inovação no âmbito da
administração pública no Brasil.
O PEDI-VR vigorou até 2008, mas em 1998 foi elaborada uma
proposta de plano que alterava o PEDI, o PDDU - Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano. Além do texto da lei, o PDDU também trouxe
um diagnóstico muito rico sobre a cidade e seus aspectos históricos. São
feitas considerações sobre os processos de transformação passados pela
cidade e também as percepções das pessoas.
O Plano Diretor atual foi elaborado em 2008 e resultou em três
documentos. O primeiro foi o produto da orientação do Escritório Jorge
Wilheim Consultores Associados, trazendo uma breve visão geral da
cidade e partindo para a principal proposta do Arco de Centralidade. O