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Perceptivelmente, o ritmo do aumento populacional segue o ritmo
dos planos de expansão da companhia. Esse aumento é observado
também na cidade de Barra Mansa com a mesma intensidade. Bastos
(2006) comenta que esses fluxos migratórios têm a ver tanto com a
exigência de mão de obra para a construção civil, quanto para os novos
empregos industriais gerados. Há também um fluxo de pessoas que
buscam oportunidades em empregos indiretos gerados pelas novas
demandas.
A emancipação do município de Volta Redonda se deu em 1954,
por meio da Lei nº 2.185, de 17 de julho daquele ano. De acordo com Piquet
(1998), essa separação atendeu o interesse de concentrar os
investimentos públicos advindos da companhia em áreas de seu interesse,
pois parte desse era absorvido pela cidade de Barra Mansa.
A proposta de Plano Diretor de 1998, no entanto, aponta que havia
movimentos populares em favor da emancipação. Os grupos eram
organizados pela população residente da área não-planejada e
reivindicava melhores condições de vida e eram movidos pela ideia de que
com uma cidade independente teriam melhor provisão de serviços.
Entretanto, a CSN continua a manter os serviços urbanos na área
planejada por mais alguns anos.
Após a implantação do regime militar, a lógica de funcionamento
e administração da empresa muda, assim como outras estatais no Brasil
(Piquet, 1998). Ela passa a adotar a mesma lógica das empresas privadas
de forma a maximizar os lucros da produção, assim, algumas mudanças
são implantadas como a transferência do patrimônio urbano mantido pela
empresa para a responsabilidade da administração pública, que apresenta
grandes dificuldades em manter o mesmo nível de qualidade.
Com o tempo e a consolidação da cidade, uma enorme força de
trabalho é atraída e a empresa não precisa mais dar tantos incentivos para
segurar a mão de obra qualificada. A companhia cria então uma imobiliária