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uma maneira geral, que se pudessem evitar maiores gastos com a
implantação, visto que somente a construção da siderúrgica somada à vila
operária já geraria gastos exorbitantes.
Além dessas questões técnicas, a pressão política dos estados do
Rio de Janeiro – até então Capital Federal, São Paulo – pelo crescente
parque industrial que se desenvolvia e, com isso, um dos principais
centros consumidores de produtos siderúrgicos do país e Minas Gerais,
que apesar de não possuir um crescimento industrial tão expressivo
representava uma grande força política no quadro nacional.
A região de Barra Mansa foi considerada estratégica por estar
próxima às divisas dos três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais. A área também apresenta os principais requisitos técnicos
necessários, como abundância de água doce, terreno plano, boa ligação
com o porto do Rio de Janeiro, graças à ferrovia construída durante o
período do café.
Após a aquisição de três fazendas da região pelo governo federal,
teve início a etapa de construção da usina e, paralelamente, a vila operária
com equipamentos urbanos como escolas e hospitais, entre os anos de
1941 e 1946. O projeto da Usina foi elaborado pela empresa americana
Arthur G. Mc Kee & Co. e as vilas operárias e áreas comerciais foram
projetadas pelo arquiteto e urbanista Atílio Corrêa Lima, autor de outros
grandes projetos urbanos no Brasil.
O projeto de toda área urbana foi organizado de forma a
concentrar os principais serviços e comércio nos arredores do acesso dos
funcionários à usina. Esse trecho delimitou o bairro da Vila Santa Cecilia,
objeto de estudo deste trabalho. Mais detalhes sobre a implantação e
caracterização do projeto serão tratados adiante.
Depois de concluída as obras, a companhia exercia controle total
sobre a área edificada das vilas operárias. Tal controle era tanto no
fornecimento de serviços básico como água, luz, telefone, esgoto,