VAZIOS INVISÍVEIS Vazios Invisiveis_TCC_Angelica Vidal | Page 19

19 parcelamento e uso do solo, trânsito, entre outros. Tanus e Castro (2010, p. 13) definem política urbana da seguinte maneira: Em termos gerais, políticas urbanas correspondem ao conjunto das políticas públicas e das ações do poder público sobre processos urbanos. Implicam, portanto, um conjunto de metas, objetivos, diretrizes e procedimentos que orientam a ação do poder público em relação a um conjunto de relações, necessidades ou demandas sociais, expresso ou latente nos aglomerados urbanos. Podemos inferir, desse modo, que as metas, objetivos, diretrizes e procedimentos mencionados podem ser aqueles justamente explicitados nos planos diretores das cidades. Essa definição implica que as políticas urbanas devem ser constituídas por uma intenção seguida de um planejamento antecessor e orientador das ações do poder público. Todavia, nas cidades brasileiras essa reflexão nem sempre acontece. Entende-se, portanto, que as políticas urbanas têm mais potencial de êxito se fizerem parte de um plano maior, cujas ações de diversos setores caminham para um objetivo comum. Além do planejamento em si, é preciso que se crie um pacto entre os agentes envolvidos, de forma que se tenha adesão das propostas; são tais alianças que vão proporcionar o êxito e a eficácia do que foi proposto. Cochrane (2007) defende uma definição de política urbana mais abrangente, a qual se entende que ela é o conjunto de ações ou iniciativas destinadas a lidar com os problemas das cidades ou dos centros urbanos, ou mesmo aquelas iniciativas que aproveitam a inovação e o entusiasmo associados às cidades. Dessa forma, as políticas urbanas não seriam entendidas apenas como meras orientações do poder público, mas, sim, todas as ações transformadoras do espaço urbano.