VAZIOS INVISÍVEIS Vazios Invisiveis_TCC_Angelica Vidal | страница 14

14 aumento da malha urbana. O centro não é mais o único ponto da cidade que oferece serviços diversos, de forma que não é mais tão primordial morar nas suas proximidades. Soma-se a percepção de que, em função da área central estar se deteriorando, há uma busca por melhor qualidade de vida em áreas mais afastadas do centro. Quanto aos espaços deixados para trás, desocupados e sem demanda aparente, serão entendidos como “vazios urbanos”. Nesse sentido, o Manual também define um conceito para o seu entendimento: Os vazios urbanos consistem em espaços abandonados ou subutilizados localizados dentro da malha urbana consolidada em uma área caracterizada por uma grande densidade de espaços edificados. (p.142) Ao entender que tais imóveis estão inseridos em áreas bem servidas de infraestrutura e que o potencial dos mesmos pode ser melhor explorado em benefício da cidade, Clemente, Silveira e Castro (2014) trazem uma definição mais abrangente. Eles consideram vazios também aqueles imóveis que são subutilizados ou com uso parcial, por considerar a proporção da ocupação dos imóveis no contexto em que está inserido. O vazio, aqui, é uma categoria relacionada à ausência de ‘algo’ e não à ausência de ‘tudo’. Em outras palavras, nesta dissertação, um lote é considerado vazio urbano quando, relacionado com um conjunto de lotes, destaca-se por não ter edificação. Do mesmo modo, um edifício é considerado vazio quando, relacionado com o conjunto de edifícios, destaca-se por não possuir uso. (p. 91) Tal definição está alinhada com a proposta deste trabalho, uma vez que a relação exercida pelo imóvel no seu entorno é fundamental para o entendimento da dinâmica urbana e o potencial a ser explorado. Dentro desse contexto percebeu-se uma diferença entre imóveis vazios e reserva de mercado, nas áreas centrais. O problema tratado aqui são os imóveis abandonados e sem perspectiva de ocupação e encontra-