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A área central é formada por um ou diversos bairros,
densamente urbanizados e consolidados, que contam com
infraestrutura
urbana,
concentrando
serviços,
equipamentos culturais e urbanos e de transporte coletivo
e que, em muitos casos, polarizam o emprego na cidade.
[...] O centro de uma cidade corresponde a uma área
reconhecida pela população como aquela que atrai todos.
(p.142)
De uma forma geral existe um senso comum do que o centro
representa o coração de uma cidade. Também é o local onde acontecem
as principais trocas de mercadorias e serviços, e, na maioria dos casos,
essa área representa o centro geográfico da cidade e corresponde ao
ponto com melhor acesso para maior parte dos habitantes. Ela comporta-
se como um ponto de convergência dos modais de transporte.
Normalmente, também compõem o trecho mais antigo da cidade e que
acumula mais história através de diferentes arquiteturas.
Ainda de acordo com o Manual (p. 9), as cidades brasileiras tiveram
as suas áreas centrais esvaziadas nas últimas décadas. Percebeu-se que
muitas famílias da classe média optaram por morar em apartamentos ou
casas mais modernas do que aquelas disponíveis nas áreas centrais, em
bairros do subúrbio. Ao mesmo tempo, as famílias de classes mais baixas,
que teriam grande interess e em morar nessas áreas, não são
economicamente capazes de pagar por tais imóveis. As pessoas que hoje
moram em áreas centrais o fazem especialmente pelas vantagens
oferecidas da localização e proximidade com o trabalho.
Esse êxodo das áreas centrais acontece em praticamente todas as
cidades no Brasil e deixa diversas edificações desocupados e sem
perspectivas. Tais imóveis compõem um cenário de degradação que
contribui para que mais pessoas queiram sair dessas áreas, formando um
ciclo de abandono.
Consequentemente, esse movimento de descentralização e
dispersão das habitações e dos serviços pelo território induziu a um