Umbanda Saravá Set. 2019 | Page 35

Ester é convocada a fazer parte do harém de Assuero. A bela jovem é conduzida para as núpcias reais, porém todos na situação ignoram sua origem infame. Ester é escrava. Assuero encantado pela beleza da jovem a proclama rainha no lugar de Vasti, a rainha insubmissa.

A situação se torna extremamente delicada quando por uma situação política o rei decide decretar o extermínio de todos os judeus e judias presentes no império. Ester, ciente de sua condição clama ao que considera ser o Deus de Israel:

“Protege-me, pois estou só e não tenho outro defensor além de ti” (Est 14, 3). Ester ergue um clamor que infelizmente esteve nos lábios de tantas outras mulheres da história.

Estamos falando de Rute, Ester, Judite, Maria de Nazaré, Maria Madalena, Myrian, Marta, Ana, Isabel, Maria de Bethânia, Sara, Séfora, Fua e tantas outras mulheres que marcam a história de um povo. São rainhas, líderes, prostitutas, esposas, viúvas, mães e filhas.

A história da rainha Ester é profundamente simbólica ao se tratar de profetismo e feminismo.

O livro de Ester presente tanto na escritura judaica como na cristã apresenta um início peculiar. O rei persa Assuero (Xerxes) convoca um banquete para seus generais, sua esposa e rainha Vasti oferece igualmente um banquete às esposas dos generais. Contudo, Assuero exige que sua esposa apareça perante seus oficiais, o rei deseja expor a beleza de sua esposa.

A rainha Vasti se nega a comparecer no banquete do rei, diante da inusitada negativa o rei convoca uma reunião com seus conselheiros. A negativa de Vasti é tão inusitada que nem mesmo o rei da Pérsia sabe como reagir perante uma mulher que não deseja ser exposta como objeto; os conselheiros são unânimes: Vasti abriu precedentes para que outras mulheres neguem os desejos dos maridos. Portanto, nada mais justo que escolher uma nova esposa, ou melhor que isso, formar um harém.

O povo de Israel é controlado pela Pérsia, são súditos, escravos, povo oprimido e sem direitos. Muitos foram exilados de sua terra natal, entre eles uma bela moça chamada Ester. A moça é órfã de pai e mãe, o que de início já indica sua situação frágil e problemática. Não há quem a defenda, a não ser ela mesma.

Ester é convocada a fazer parte do harém de Assuero. A bela jovem é conduzida para as núpcias reais, porém todos na situação ignoram sua origem infame. Ester é escrava. Assuero encantado pela beleza da jovem a proclama rainha no lugar de Vasti, a rainha insubmissa.

A situação se torna extremamente delicada quando por uma situação política o rei decide decretar o extermínio de todos os judeus e judias presentes no império. Ester, ciente de sua condição clama ao que considera ser o Deus de Israel:

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