De acordo com os biblistas Gerhard von Rad, Roland de Vaux e John Bright, o profetismo bíblico nasce em um contexto muito específico. Os profetas surgem aproximadamente oito séculos antes de Cristo, surgem como críticos de uma sociedade que oprime os mais pobres e favorece os mais ricos.
Amós, Oséias, Isaías, Ezequiel, Jeremias e tantos outros integram o numeroso grupo dos críticos da sociedade judaica. Os profetas são interpelados por uma angústia interna e divina que os leva a exporem os crimes da sociedade, mesmo que com isso sejam excluídos e tidos como loucos. Tais profetas gritam pelos que não podem gritar, gemem pelos que já não possuem mais forças.
Os profetas são os primeiros a revelarem que todo projeto religioso implica um olhar social.
Mais do que preocupados em falar sobre Deus, estão engajados na defesa dos pobres, órfãos, viúvas e estrangeiros – os mais miseráveis de Israel.
Se os profetas expõem os crimes de uma sociedade injusta e perversa poderíamos esperar que defendessem a figura da mulher, infelizmente não é o que acontece;
seria anacrônico esperar uma crítica feminista no discurso profético, porém algumas figuras femininas surgem como luminares, também porta-vozes de um olhar profundo e questionador da sociedade na qual vivem.
setembro UMBANDA Saravá 34