"a intolerância surge do
desconhecimento, e pode até se abranger ao preconceito racial pois na trajetória da Umbanda as práticas e rituais acontecem a priori dentro da senzala devido ao cenário das cidades que
estavam em transformação, e só depois ganham espaço urbano organizado"
Dentro dessa mesma reportagem, é abordado o preconceito com a umbanda especificamente, que é o foco do estudo. Um dos motivos mais lógicos que explicam a causa desse ato de destruir com palavras a ações a religião, é demonização imposta na cabeça daqueles que desconhecem a verdade, que desconhecem a história e os fundamentos. Então ao destruir aquilo que é do negro, que é do demônio, eles consecutivamente destroem o mal. Apesar de existir mental e socialmente essa perspectiva do mal na religião afro-descendente, essa não nomeia o mal e nem o personifica. Então é constatado que, a intolerância surge do desconhecimento, e pode até se abranger ao preconceito racial pois na trajetória da Umbanda as práticas e rituais acontecem a priori dentro da senzala devido ao cenário das cidades que estavam em transformação, e só depois ganham espaço urbano organizado.
Posto que a maior parte dos seguidores de umbanda são pessoas brancas, é viável dizer que existe racismo através de toda a cisma quando leva-se em conta sua origem negra. E essa origem com religiosos majoritariamente negros causa a associação da religião com a cor, despertando nos não seguidores toda essa revolta. Então, é criado o termo “racismo religioso” para casos de preconceito contra participantes de religiões afro-descendentes.