Trabalho de WebDesign Glamour Nº79 | Page 6

O uso abusivo fez com que a Organização Mundial da Saúde incluísse a compulsão por jogos eletrônicos como transtorno mental em sua lista de referência de doenças. A obsessão por celulares, seja para acessar a timeline, jogar algo como passatempo ou checar e-mail, não é configurada como doença, mas não deixa de ser percebida como um problema. O pânico diante da possibilidade de não interagir com um smartphone, que pode ser tão constante e intenso, já tem nome: nomofobia - do inglês no mobile phobia, que significa ter medo de ficar sem o celular. Será que você sofre desse mal?

COMO SE DIAGNOSTICAR VICIADO

“Quando uma pessoa usa a excessivamente o celular ao ponto de se desconcentrar de outras atividades de sua vida, sejam pessoais ou profissionais, podemos considerar como sendo um transtorno mental que pode desencadear vários outros problemas, inclusive fobia social, depressão ou ansiedade generalizada”, explica a psicóloga Sylvia van Enck Meira, do grupo de dependências tecnológicas do

Ambulatório Integrado do Controle dos Impulsos (Pro-Amiti), ligado ao Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, o Hospital das Clínicas.

A pessoa com dependência tecnológica geralmente apresenta sintomas como irritabilidade,ansiedade, isolamento e angústia por ficar desconectado ou distante do celular, computador ou videogame. E qualquer semelhança com os sinais já conhecidos em caso de dependentes químicos não é mera coincidência.

Um diagnóstico adequado deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra. No entanto, é possível utilizar questionários online para medir o grau de dependência tecnológica. O mais conhecido internacionalmente é o Spai (Smartphone Addiction Inventory), criado por pesquisadores de psiquiatria de universidades de Taiwan, em 2014 - no Brasil, ele foi traduzido e adaptado pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 2016. Em São Paulo, o ambulatório dedicado ao atendimento de dependentes tecnológicos do Hospital das Clínicas também disponibiliza um questionário online elaborado pelo médicos do Instituto de Psiquiatria com oito tópicos, e se houver pelo menos seis resposta positivas é bom ir atrás de um especialista.

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