Efeito da concentração de compostos nitrogenados sobre os parâmetros ruminais de caprinos
(2014) a proteína microbiana sintetizada
no rúmen pode fornecer mais de 50% dos
aminoácidos absorvidos pelos ruminantes,
sendo considerada uma proteína de alto
valor biológico. Uma das formas de realizar
essa disponibilidade de amônia é através
da utilização de aditivos denominados
nitrogênio-não-proteico (NNP).
A ureia é uma fonte de NNP de baixo
custo, muito utilizada nas formulações de
rações concentradas e suplementos para
ruminantes, considerada uma alternativa
interessante no período seco pois é nesse
período que as forrageiras apresentam baixas
taxas de crescimento e níveis proteicos
reduzidos (LIMA et al., 2013). Perazzo (2014)
complementa retratando que:
Ao chegar no rúmen a ureia através
da
enzima
urease
bacteriana
rapidamente é convertida em amônia
e CO 2 , essa amônia presente no rúmen
do animal é prontamente utilizada na
síntese proteica pelos microrganismos
ruminais, os quais tem a capacidade de
degradar fontes de NNP, produzindo
N-NH3. As bactérias fermentadoras de
carboidratos fibrosos utilizam apenas
o NH3 como fonte de nitrogênio
para síntese de proteína microbiana
e proliferação de microrganismos
ruminais,
consequentemente,
melhorando a digestibilidade da fibra
(PERAZZO, 2014).
Associada a utilização de ureia na
dieta de ruminantes, é necessário o uso de
fontes de enxofre, que serão utilizadas pelas
bactérias ruminais na síntese de aminoácidos
sulfurados. A adição desta mistura (NNP e
enxofre) possuem benefícios na nutrição de
ruminantes com melhorias na digestibilidade
de forragens de baixo valor nutritivo, como
respostas positivas no desempenho animal
ao longo de todo ano (DETMANN et al., 2010).
Segundo
Borges
(2011),
bactérias
e
protozoários presentes no rúmen são
responsáveis pela digestão de 70 a 85% da
matéria seca digestível da ração. A partir
do processo de digestão dos alimentos eles
produzem ácidos graxos voláteis, que são
fonte de energia, assim como o dióxido
de carbono, metano e amônia. A principal
fonte de energia para os ruminantes são
justamente esses ácidos graxos voláteis
(AGV) produzidos no rúmen pela fermentação
microbiana de carboidratos (BERCHIELLI;
PIRES; OLIVEIRA, 2006). Assim a utilização
de NNP nas dietas em que os recursos
forrageiros basaias são de baixo valor
nutritivo, como o capim-bufffel diferido,
pode melhorar a digestão dos carboidratos
fibrosos,