Valorização do subproduto “cartilagem do osso da quilha” através da otimização da extração de colágeno
influência do pH da solução, não chegando
a ser extraídas. Isto pode ser observado no
perfil eletroforético nos tempos 48 e 72
horas, dos tratamentos com ácido acético,
com ausência ou diminuição das bandas de
menor peso molecular.
Para os tratamentos com ácido lático
em todos os tempos de extração, bandas
proteicas abaixo de 150 KDa não puderam
ser observadas. Isto indica que uma possível
variação no valor do pH da solução diminuiu
a solubilidade destas proteínas (CHENG et
al., 2009). O mesmo pode ser observado para
os tratamentos com ácido cítrico, onde foi
menos evidenciado as bandas proteicas, e da
cadeia α1, confirmando sua baixa capacidade
de extrair colágeno.
Figura 6. Padrões de SDS-PAGE do colágeno extraído da cartilagem da quilha do frango com
uso de ácidos orgânicos. AA24h: ácido acético por 24 horas; AA48h: ácido acético por 48 horas;
AA72h: ácido acético por 72 horas; AL24h: ácido lático por 24 horas; AL48h: ácido lático por
48 horas; AL72h: ácido lático por 72 horas; AC24h: ácido cítrico por 24 horas; AC48h: ácido
cítrico por 48 horas; AC72h: ácido cítrico por 72 horas.
A presença da cadeia α1 indica que o
colágeno é principalmente tipo II, e que este
representa 80% do conteúdo de colágeno
total, sendo responsável pela tração e firmeza
do tecido cartilaginoso (GELSEA et al., 2003;
LOSSO; OGAWA, 2014). O peso molecular da
cadeia α1 foi estimado entre 100 e 250 KDa,
similarmente ao encontrado por Du et al.
(2013), que encontraram peso molecular
de 134 KDa, ao estudarem propriedades
funcionais da gelatina extraída de cabeças de
peru e de frango.
Os
resultados
encontrados
na
determinação dos parâmetros de cor do
colágeno (Fig. 7) indicam que para um mesmo
ácido utilizado, o valor de L* aumentou
durante os tempos de extração, tendo o tempo
de 72 horas apresentado maior luminosidade
para os três ácidos utilizados. No entanto,
comparando um mesmo tempo de extração
entre os ácidos, verifica-se que o valor de
L* permaneceu praticamente constante,
diferindo de forma significativa no tempo
de 24 horas. Simultaneamente, o valor de a*
dos isolados de colágeno aumentou durante
o tempo de imersão para todos os ácidos.
Além disso, entre todos os ácidos utilizados
na extração, o ácido acético apresentou
menores valores de b*, mas todos os ácidos
apresentaram menor valor de b* ao final de
72 horas de extração.
Estes
resultados
indicam
que
houve um aumento de luminosidade das
amostras tratadas ao longo do tempo e que
essas amostras eram esbranquiçadas, mas
com tonalidades ligeiramente amareladas
Série Iniciados v. 23
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