Valorização do subproduto “cartilagem do osso da quilha” através da otimização da extração de colágeno
(versão 11.0) (SAS, 2014). As respostas foram
avaliadas através da Análise de Variância
(ANOVA) a 5% de significância, tendo as
médias dos tratamentos comparadas entre
si pelo teste de Tukey. A análise estatística
da otimização da extração do colágeno com
ácido e enzima foi conduzida utilizando o
Software Statistica, versão 5.0 (Statsoft Inc.,
Tulsa, OK, EUA). A resposta (rendimento em
colágeno) foi avaliada através da Análise de
Variância (ANOVA) a 5% de significância.
Resultados e discussão
Composição química parcial e conteúdo
de aminoácidos da cartilagem do osso da
quilha de frango
A cartilagem do osso da quilha do
frango possui alto teor proteína (90,27%),
sendo 35,69% de colágeno, baixo teor de
lipídeos (2,15%) e 7,59% de cinzas em base
seca (Tab. 3). Foi observado também uma
baixa concentração de proteína solúvel
(12,8% - b.s). Os dados sugerem que a
cartilagem não possui qualidade favorável
para extração das proteínas solúveis, pois a
solubilidade de uma proteína está associada
a fatores como o pH, número e arranjo de
cargas da molécula e da composição em
aminoácidos (SILVA et al., 2012).
Tabela 3. Composição química parcial da cartilagem do osso da quilha do frango 1
Componente
Base Úmida (g/100 g) Base Seca (g/100 g)
Água 80,78 ± 0,55 -
Proteína 17,35 ± 0,35 90,27 ± 1,8
Lipídeos 0,41 ± 0,07 2,15 ± 0,34
Cinzas 1,46 ± 0,11 7,59 ± 0,60
Colágeno 6,86 ± 0,36 35,69 ± 1,88
Proteína Solúvel 90,27 ± 1,80 12,8 ± 1,34
¹Os resultados são a média ± desvio padrão de seis determinações para as preparações de amostra.
Um total de 16 aminoácidos foi quantificado
na cartilagem do osso da quilha de frango
(Tab. 4), dentre os quais 6 aminoácidos são
essenciais A glicina foi o aminoácido mais
abundante, chegando a representar 22,20%
do total destes, seguido de alanina (10,15%),
prolina (9,53%), ácido glutâmico (9,44%) e
hidroxiprolina (5,85%) que também estavam
presentes majoritariamente na cartilagem.
Resultados similares foram relatados nos
estudos realizados por Losso e Ogawa (2014),
Araújo (2017) ao determinarem a composição
de aminoácidos do colágeno extraído da
cartilagem do osso da quilha do frango.
Série Iniciados v. 23
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