Valorização do subproduto “cartilagem do osso da quilha” através da otimização da extração de colágeno
Métodos
Caracterização química parcial da cartilagem
do osso da quilha de frango
Caracterização química parcial
As análises de umidade, cinzas e
proteínas foram realizadas seguindo a
metodologia descrita nos itens nº 950.46A,
920.153 e 928.08, respectivamente, pela
AOAC (2010). Os lipídios foram dosados
seguindo os procedimentos de Folch, Less e
Stanley (1957).
Caracterização do perfil proteico
cartilagem do osso da quilha de frango
da
Proteína solúvel
A concentração de proteína solúvel
foi determinada pelo método do reagente
de Folin-Ciocalteau, utilizando albumina
de soro bovino como padrão (LOWRY et
al., 1951). A amostra inicialmente pesada
foi homogeneizada em mini-turrax com
auxílio de 10 mL de água destilada, durante
10 minutos. O material foi então transferido
para um tubo de Falcon e submetido a banho
ultrassônico por 10 minutos, seguido de
centrifugação e filtração para um novo tubo.
Posteriormente, 20 µL do filtrado foi retirado
e transferido para um tubo de vidro que foi
completado com 180 µL de água ultrapura.
Adicionou-se 1,0 mL da solução de carbonato
de cobre e agitou-se em vortex, deixando
em repouso por 10 minutos. Foi adicionado,
com agitação imediata, 100 µL do reagente de
Folin Ciocalteau 1,0 mol/L e os tubos foram
rapidamente colocados no escuro, onde
permaneceram em repouso por 30 minutos.
Em seguida, foi realizada a leitura a 650
nm da absorbância em espectrofotômetro
ultravioleta digital (Quimis, Modelo Q798U,
São Paulo, Brasil) das soluções contra o
branco de reagentes. Para a quantificação de
proteína solúvel foi utilizada uma solução
padrão de albumina 5 mg/mL, em um
intervalo de concentração de 0,1mg/mL a 1,3
mg/mL.
Análise de hidrofobicidade de peptídeos
A
separação
dos
peptídeos
por
hidrofobicidade foi realizada seguindo
a metodologia descrita por Bezerra et
al. (2016), utilizando coluna Nova - Pak
C18 (4,6m x 250 mm, 4μm de tamanho
de partícula, cartridge, Waters, Irlanda),
conectada a um Cromatógrafo Líquido de Alta
Eficiência (Varian, Waters 2690, Califórnia,
EUA). O volume de injeção do extrato solúvel
(0,2 g/mL) foi de 20 µL e a fase móvel foi
constituída em: Eluente A (água ultra-pura
à 1% de ácido trifluoroacético) e Eluente B
(acetonitrila à 1% de ácido trifluoroacético).
Um gradiente linear do eluente (A) e eluente
(B) foi aplicado durante 60 minutos em fluxo
de 1 mL / minuto e a detecção se realizou a
218 nm.
Perfil de aminoácidos totais
Os
aminoácidos
totais
foram
hidrolisados, extraídos e em seguida
derivatizados
em
pré-coluna
com
fenilisotiocianato (PITC), de acordo com
a metodologia proposta por White, Hart
e Fry (1986). A separação dos derivativos
feniltiocarbamil-aminoácidos
(PTC-aa)
foi realizada em Cromatógrafo Líquido
de Alta Eficiência (VARIAN, Waters 2690,
Califórnia, EUA) em coluna de fase reversa
C18 (PICO-TAG, 3,9 x 150 mm). As fases
móveis empregadas consistiram de um
tampão acetato de pH 6,4 e uma solução de
acetonitrila a 40 %. A injeção da amostra foi
efetuada manualmente (20 µL) e a detecção
ocorreu a 254 nm. A separação cromatográfica
foi realizada a um fluxo constante de 1mL/
minuto, à temperatura de 35 ºC. O tempo de
corrida cromatográfica foi de 21 minutos e os
resultados foram expressos em percentual de
área.
Determinação de hidroxiprolina
A quantificação do aminoácido
hidroxiprolina foi realizada seguindo a
metodologia descrita pela (AOAC, 2010). A
amostra passou por processo de hidrólise
ácida à quente em estufa a 105 °C por 16
horas. Após hidrólise foi realizado uma
filtração e posteriormente diluição (5 mL do
filtrado para 50 mL de água ultra pura). Em
Série Iniciados v. 23
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