Série Iniciados Vol. 23 | Page 72

Valorização do subproduto “cartilagem do osso da quilha” através da otimização da extração de colágeno Métodos Caracterização química parcial da cartilagem do osso da quilha de frango  Caracterização química parcial As análises de umidade, cinzas e proteínas foram realizadas seguindo a metodologia descrita nos itens nº 950.46A, 920.153 e 928.08, respectivamente, pela AOAC (2010). Os lipídios foram dosados seguindo os procedimentos de Folch, Less e Stanley (1957). Caracterização do perfil proteico cartilagem do osso da quilha de frango da  Proteína solúvel A concentração de proteína solúvel foi determinada pelo método do reagente de Folin-Ciocalteau, utilizando albumina de soro bovino como padrão (LOWRY et al., 1951). A amostra inicialmente pesada foi homogeneizada em mini-turrax com auxílio de 10 mL de água destilada, durante 10 minutos. O material foi então transferido para um tubo de Falcon e submetido a banho ultrassônico por 10 minutos, seguido de centrifugação e filtração para um novo tubo. Posteriormente, 20 µL do filtrado foi retirado e transferido para um tubo de vidro que foi completado com 180 µL de água ultrapura. Adicionou-se 1,0 mL da solução de carbonato de cobre e agitou-se em vortex, deixando em repouso por 10 minutos. Foi adicionado, com agitação imediata, 100 µL do reagente de Folin Ciocalteau 1,0 mol/L e os tubos foram rapidamente colocados no escuro, onde permaneceram em repouso por 30 minutos. Em seguida, foi realizada a leitura a 650 nm da absorbância em espectrofotômetro ultravioleta digital (Quimis, Modelo Q798U, São Paulo, Brasil) das soluções contra o branco de reagentes. Para a quantificação de proteína solúvel foi utilizada uma solução padrão de albumina 5 mg/mL, em um intervalo de concentração de 0,1mg/mL a 1,3 mg/mL.  Análise de hidrofobicidade de peptídeos A separação dos peptídeos por hidrofobicidade foi realizada seguindo a metodologia descrita por Bezerra et al. (2016), utilizando coluna Nova - Pak C18 (4,6m x 250 mm, 4μm de tamanho de partícula, cartridge, Waters, Irlanda), conectada a um Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência (Varian, Waters 2690, Califórnia, EUA). O volume de injeção do extrato solúvel (0,2 g/mL) foi de 20 µL e a fase móvel foi constituída em: Eluente A (água ultra-pura à 1% de ácido trifluoroacético) e Eluente B (acetonitrila à 1% de ácido trifluoroacético). Um gradiente linear do eluente (A) e eluente (B) foi aplicado durante 60 minutos em fluxo de 1 mL / minuto e a detecção se realizou a 218 nm.  Perfil de aminoácidos totais Os aminoácidos totais foram hidrolisados, extraídos e em seguida derivatizados em pré-coluna com fenilisotiocianato (PITC), de acordo com a metodologia proposta por White, Hart e Fry (1986). A separação dos derivativos feniltiocarbamil-aminoácidos (PTC-aa) foi realizada em Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência (VARIAN, Waters 2690, Califórnia, EUA) em coluna de fase reversa C18 (PICO-TAG, 3,9 x 150 mm). As fases móveis empregadas consistiram de um tampão acetato de pH 6,4 e uma solução de acetonitrila a 40 %. A injeção da amostra foi efetuada manualmente (20 µL) e a detecção ocorreu a 254 nm. A separação cromatográfica foi realizada a um fluxo constante de 1mL/ minuto, à temperatura de 35 ºC. O tempo de corrida cromatográfica foi de 21 minutos e os resultados foram expressos em percentual de área.  Determinação de hidroxiprolina A quantificação do aminoácido hidroxiprolina foi realizada seguindo a metodologia descrita pela (AOAC, 2010). A amostra passou por processo de hidrólise ácida à quente em estufa a 105 °C por 16 horas. Após hidrólise foi realizado uma filtração e posteriormente diluição (5 mL do filtrado para 50 mL de água ultra pura). Em Série Iniciados v. 23 73