Série Iniciados Vol. 23 | Page 36

Viabilidade de produção de cerveja artesanal utilizando extratos de frutos de Annona muricata L. (gravioleira) e a cerveja foi mantida a 16°C por mais 15 dias, para a etapa de floculação. Após esse período, a cerveja foi transferida e dividida em dois fermentadores secundários: o primeiro com a cerveja base, estilo Blonde Ale, e o segundo foi adicionado a polpa de graviola em uma concentração de 100g/L. Os dois lotes de cervejas foram mantidos na temperatura de 18 °C, até completa atenuação dos açúcares da fruta, no caso do segundo fermentador. Após este período, as cervejas foram transferidas para barris de inox e mantidas a 0°C, sob carbonatação forçada (MOSHER, 2015), por 7 dias, com pressão suficiente para se obter no final 2,8 volumes de CO 2 , após o envase. O envase foi realizado por contrapressão, em garrafas de 300 mL, previamente lavadas e desinfetadas com solução a 0,1% de desinfetante em pó a base de ácido peracético. As garrafas foram fechadas com arrolhador manual e armazenadas em geladeira até a realização da análise sensorial. A análise sensorial foi realizada no Laboratório de Inovação de Alimentos do Centro de Biotecnologia da Universidade Federal da Paraíba, com 78 julgadores não treinados, de ambos os gêneros, com idade entre 18 a 65 anos. Esses voluntários se distribuíram dentro de quatro grupos de consumidores, sendo eles: consumidor de cerveja tradicional, consumidor de cerveja artesanal, consumidor de ambas as cervejas e consumidor não habitual de cerveja. A participação na pesquisa foi voluntária e permitida apenas após assinatura de termo de consentimento livre-esclarecido conforme recomendação da Resolução CNS 466/2012 do Ministério da Saúde, com certificação do Comitê de Ética de Pesquisa com Seres Humanos e Protocolo CCS/UFPB Nº 51445715.7.0000.5188. Foi tomada como amostra padrão a cerveja controle, do estilo Blonde Ale, e como amostra a ser testada, a cerveja artesanal de graviola. As amostras foram apresentadas dentro de copos descartáveis transparentes, codificadas usando sistema de três dígitos, distribuídas aos julgadores em bandejas de poliestireno, juntamente com agentes de limpeza sensorial (biscoito água e sal), a figura 2 abaixo ilustra uma das bandejas servidas na análise sensorial. Não foi permitida a repetição das amostras. Figura 2. Bandeja com as amostras servidas aos voluntários na análise sensorial. Fonte: O autor A análise sensorial se deu através de três testes afetivos: teste de aceitação global e teste de intenção de compra, seguindo modelo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1998) e também o teste de aceitabilidade, descrito por DUTCOSKY (1996). 36 Série Iniciados v. 23 Para o teste de aceitação global e o do índice de aceitabilidade foram usadas escalas hedônicas estruturadas em nove pontos, tabela 2. Para o teste de intenção de compra, foi utilizada escala hedônica estruturada em cinco pontos, tabela 3.