Série Iniciados Vol. 23 | Page 25

Avaliação do estresse oxidativo em pacientes hipertensos tratados com óleo de coco O tratamento com óleo de coco ou placebo foi realizado por 30 dias. Os participantes foram instruídos a ingestão de 03 (três) cápsulas com 1mL de óleo de coco ou placebo pela manhã (antes do café da manhã), 04 (quatro) cápsulas antes do almoço e 03 (três) cápsulas antes do jantar, ingerindo dessa forma o total de 10mL/dia. A administração de placebo foi realizada também através de cápsulas manipuladas com 500mg de amido. A pressão arterial e a frequência cardíaca foram aferidas antes do início do tratamento, aos 30 dias do tratamento e ao final dos 60 dias de tratamento. A variabilidade da frequência cardíaca foi então avaliada através do monitoramento da pressão arterial de 24 horas utilizando o exame de monitoramento ambulatorial de pressão arterial (MAPA). Quanto ao protocolo de exercício físico utilizado, após uma semana inicial de aclimatação, os pacientes foram submetidos ao protocolo de exercício físico de 8 (oito) semanas na forma de caminhada/corrida, na frequência de 03 (três) vezes por semana, duração inicial de 30 minutos com progressão para 60 minutos até a última semana, em uma intensidade de 60% a 85% da frequência cardíaca máxima que, por sua vez, foi detectada pelo teste de campo de 1 (uma) milha (George et al, 1993). Para avaliação do estresse oxidativo, foram coletados 5 ml de sangue da veia braquial e, em seguida, as amostras foram colocadas em tubos de ensaio sem anticoagulante e centrifugadas a 1500 rpm durante 15 minutos. Alíquotas de soro e plasma adquiridas pela centrifugação foram adequadamente preparadas e armazenadas em frascos mantidos a uma temperatura de 4 o C até o momento das análises. O nível de peroxidação lipídica das amostras foi avaliado pelo nível de malondialdeído, um dos produtos finais da peroxidação lipídica. Primeiramente, foi separado 250μl do soro que foi submetido à temperatura de 37°C em banho seco durante o período de 01 (uma) hora. Posteriormente, 400μl de ácido perclórico (7%) foi adicionado ao soro, e centrifugado a 14000 rpm durante 20 minutos a 4°C. O sobrenadante foi removido (450μl), misturado com 400μl de ácido tiobarbitúrico a 0,6%, e em seguida incubado a 100°C por 1 hora em banho seco. A absorbância das amostras foi mensurada a 532 nm com o auxílio de um espectofotômetro. A curva padrão foi obtida utilizando o 1,1,3,3-tetrametoxipropano. Os resultados foram expressos como nmol de MDA/ml de soro. Foi aplicado um teste de normalidade e em seguida foi realizada a análise de variância two-way ANOVA ou Teste de T de Student, quando apropriado, adotando-se um nível de confiança de 95% (p<0,05). Foi utilizado o software Graph Pad Prism versão 6.0 (GraphPad, La Rolla, Ca, Estados Unidos). Quanto aos resultados obtidos, em indivíduos tratados com o óleo de coco virgem (OCV) porém não submetidos ao exercício físico (grupo 1 – sedentário), não houve diferença significativa na pressão arterial média, sistólica e diastólica antes e depois do tratamento com OCV, enquanto em indivíduos não submetidos ao exercício físico não houve alterações estatisticamente significativas dos níveis pressóricos, entretanto, em indivíduos hipertensos tratados com óleo de coco virgem (OCV) e submetidos ao treinamento físico (grupo 2 – treinados), podemos observar uma diminuição significativa nos níveis de pressão arterial média, pressão arterial diastólica e pressão arterial sistólica depois da administração do OCV como demonstrado nas Fig. 1, Fig. 2 e Fig. 3 respectivamente. Série Iniciados v. 23 25