Avaliação do estresse oxidativo em pacientes hipertensos tratados com óleo de coco
O tratamento com óleo de coco ou placebo
foi realizado por 30 dias. Os participantes
foram instruídos a ingestão de 03 (três)
cápsulas com 1mL de óleo de coco ou placebo
pela manhã (antes do café da manhã), 04
(quatro) cápsulas antes do almoço e 03 (três)
cápsulas antes do jantar, ingerindo dessa
forma o total de 10mL/dia. A administração
de placebo foi realizada também através de
cápsulas manipuladas com 500mg de amido.
A pressão arterial e a frequência cardíaca
foram aferidas antes do início do tratamento,
aos 30 dias do tratamento e ao final dos
60 dias de tratamento. A variabilidade da
frequência cardíaca foi então avaliada através
do monitoramento da pressão arterial de 24
horas utilizando o exame de monitoramento
ambulatorial de pressão arterial (MAPA).
Quanto ao protocolo de exercício
físico utilizado, após uma semana inicial de
aclimatação, os pacientes foram submetidos
ao protocolo de exercício físico de 8 (oito)
semanas na forma de caminhada/corrida,
na frequência de 03 (três) vezes por
semana, duração inicial de 30 minutos com
progressão para 60 minutos até a última
semana, em uma intensidade de 60% a 85%
da frequência cardíaca máxima que, por sua
vez, foi detectada pelo teste de campo de 1
(uma) milha (George et al, 1993).
Para avaliação do estresse oxidativo,
foram coletados 5 ml de sangue da veia
braquial e, em seguida, as amostras
foram colocadas em tubos de ensaio sem
anticoagulante e centrifugadas a 1500 rpm
durante 15 minutos. Alíquotas de soro e
plasma adquiridas pela centrifugação foram
adequadamente preparadas e armazenadas
em frascos mantidos a uma temperatura
de 4 o C até o momento das análises. O nível
de peroxidação lipídica das amostras foi
avaliado pelo nível de malondialdeído,
um dos produtos finais da peroxidação
lipídica. Primeiramente, foi separado 250μl
do soro que foi submetido à temperatura
de 37°C em banho seco durante o período
de 01 (uma) hora. Posteriormente, 400μl
de ácido perclórico (7%) foi adicionado ao
soro, e centrifugado a 14000 rpm durante
20 minutos a 4°C. O sobrenadante foi
removido (450μl), misturado com 400μl
de ácido tiobarbitúrico a 0,6%, e em
seguida incubado a 100°C por 1 hora em
banho seco. A absorbância das amostras foi
mensurada a 532 nm com o auxílio de um
espectofotômetro. A curva padrão foi obtida
utilizando o 1,1,3,3-tetrametoxipropano.
Os resultados foram expressos como nmol
de MDA/ml de soro. Foi aplicado um teste
de normalidade e em seguida foi realizada
a análise de variância two-way ANOVA ou
Teste de T de Student, quando apropriado,
adotando-se um nível de confiança de 95%
(p<0,05). Foi utilizado o software Graph Pad
Prism versão 6.0 (GraphPad, La Rolla, Ca,
Estados Unidos).
Quanto aos resultados obtidos, em
indivíduos tratados com o óleo de coco virgem
(OCV) porém não submetidos ao exercício
físico (grupo 1 – sedentário), não houve
diferença significativa na pressão arterial
média, sistólica e diastólica antes e depois do
tratamento com OCV, enquanto em indivíduos
não submetidos ao exercício físico não houve
alterações estatisticamente significativas dos
níveis pressóricos, entretanto, em indivíduos
hipertensos tratados com óleo de coco virgem
(OCV) e submetidos ao treinamento físico
(grupo 2 – treinados), podemos observar
uma diminuição significativa nos níveis
de pressão arterial média, pressão arterial
diastólica e pressão arterial sistólica depois
da administração do OCV como demonstrado
nas Fig. 1, Fig. 2 e Fig. 3 respectivamente.
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