Série Iniciados Vol. 23 | Page 120

Qualidade e conservação pós-colheita de Abacaxi Pérola sob recobrimentos à base de quitosana associada à infusões de sementes de plantas medicinais e brilhante, atrativo, isento de patógenos e danos e/ou podridão (GUIMARÃES et al., 2017); Análise Estatística Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F (p≤0,05). Para o fator período de armazenamento (dias) e interação entre recobrimentos e tempo de armazenamento, foi aplicada análise de regressão polinomial, testando modelos até o segundo grau, para o fator recobrimentos foi aplicado o teste de Tukey (p≤0,05). Resultados e discussão A perda de massa sofreu influência da interação entre o período de armazenamento e recobrimento utilizado, apresentando comportamento linear crescente para todos os recobrimentos (Figura 1 A). A quitosana (Q) foi o recobrimento que proporcionou a menor perda de massa durante o armazenamento, apresentando média de 8,82% ao final deste. Por outro lado, as infrutescências recobertas com quitosana adicionada de infusões de erva doce (QE) e girassol (QG), apresentaram os maiores valores de perda de massa no final do armazenamento com médias de 15,02 e 17,18%, respectivamente, verificando assim que a adição das infusões diminui a barreira física proporcionada pela quitosana, ocasionando um aumento na perda de água. Martins et al. (2012), quando estudando a conservação pós colheita de abacaxis ‘Pérola’ produzidas em sistemas convencional e orgânico, verificou valores de perda de massa superiores aos encontrados neste trabalho, com média acima de 15% a partir do 18° dia de armazenamento em condições ambiente (23°C; 65% UR). Com isso fica evidente a capacidade que a quitosana tem de diminuir a perda de massa, apresentando valores muito inferiores no 18° dia de armazenamento, entretanto, a investigação dos impactos da adição de alguns compostos é de extrema importância, pois estes podem alterar as propriedades funcionais básicas do filme, tais como as suas propriedades de barreira a gases e vapor de água, ou de transporte de solutos (Pinheiro et al., 2010). A perda de massa de frutas durante o armazenamento pós-colheita é geralmente causada pela transpiração. Está perda de água pode causar a murcha e o enrugamento das frutas, diminuindo a sua comercialização (Adetunji et al., 2012). A firmeza (Figura 1 B) não foi influenciada pela in teração entre os recobrimentos e o tempo de armazenamento, nem pelos recobrimentos isolados, sendo influenciada apenas pelo tempo de armazenamento, podendo-se observar uma diminuição desta no decorrer do armazenamento, saindo de um valor de 49,2 N no início do armazenamento para o de 23,39 N no 15° dia de armazenamento. Adetunji et al. (2012), quando estudando a aplicação de recobrimentos biodegradáveis de Aloe Vera em infrutescências de abacaxi ‘Perola’, também observaram o declínio da firmeza durante o armazenamento. Amariz et al. (2010), também reportaram a diminuição da firmeza durante o armazenamento de mangas ‘Tommy Atkins’ recobertas com carboximetilcelulose e dextrina. A perda da firmeza ocorre como consequência natural do amadurecimento de frutas e está associado ao amaciamento dos tecidos, que modificam o tamanho e a distribuição dos polímeros das paredes celulares e ativam enzimas hidrolíticas (Amariz et al., 2010). Série Iniciados v. 23 121