Qualidade e conservação pós-colheita de Abacaxi Pérola sob recobrimentos
à base de quitosana associada à infusões de sementes de plantas medicinais
e brilhante, atrativo, isento de patógenos
e danos e/ou podridão (GUIMARÃES et al.,
2017);
Análise Estatística
Os dados obtidos foram submetidos
à análise de variância pelo teste F (p≤0,05).
Para o fator período de armazenamento (dias)
e interação entre recobrimentos e tempo
de armazenamento, foi aplicada análise de
regressão polinomial, testando modelos até
o segundo grau, para o fator recobrimentos
foi aplicado o teste de Tukey (p≤0,05).
Resultados e discussão
A perda de massa sofreu influência da
interação entre o período de armazenamento
e recobrimento utilizado, apresentando
comportamento linear crescente para todos
os recobrimentos (Figura 1 A). A quitosana (Q)
foi o recobrimento que proporcionou a menor
perda de massa durante o armazenamento,
apresentando média de 8,82% ao final deste.
Por outro lado, as infrutescências recobertas
com quitosana adicionada de infusões de
erva doce (QE) e girassol (QG), apresentaram
os maiores valores de perda de massa no
final do armazenamento com médias de
15,02 e 17,18%, respectivamente, verificando
assim que a adição das infusões diminui a
barreira física proporcionada pela quitosana,
ocasionando um aumento na perda de água.
Martins et al. (2012), quando estudando a
conservação pós colheita de abacaxis ‘Pérola’
produzidas em sistemas convencional e
orgânico, verificou valores de perda de massa
superiores aos encontrados neste trabalho,
com média acima de 15% a partir do 18° dia
de armazenamento em condições ambiente
(23°C; 65% UR). Com isso fica evidente a
capacidade que a quitosana tem de diminuir a
perda de massa, apresentando valores muito
inferiores no 18° dia de armazenamento,
entretanto, a investigação dos impactos da
adição de alguns compostos é de extrema
importância, pois estes podem alterar as
propriedades funcionais básicas do filme,
tais como as suas propriedades de barreira
a gases e vapor de água, ou de transporte
de solutos (Pinheiro et al., 2010). A perda de
massa de frutas durante o armazenamento
pós-colheita é geralmente causada pela
transpiração. Está perda de água pode causar
a murcha e o enrugamento das frutas,
diminuindo a sua comercialização (Adetunji
et al., 2012).
A firmeza (Figura 1 B) não foi
influenciada pela in teração entre os
recobrimentos e o tempo de armazenamento,
nem
pelos
recobrimentos
isolados,
sendo influenciada apenas pelo tempo de
armazenamento,
podendo-se
observar
uma diminuição desta no decorrer do
armazenamento, saindo de um valor de
49,2 N no início do armazenamento para
o de 23,39 N no 15° dia de armazenamento.
Adetunji et al. (2012), quando estudando a
aplicação de recobrimentos biodegradáveis
de Aloe Vera em infrutescências de abacaxi
‘Perola’, também observaram o declínio da
firmeza durante o armazenamento. Amariz et
al. (2010), também reportaram a diminuição
da firmeza durante o armazenamento de
mangas ‘Tommy Atkins’ recobertas com
carboximetilcelulose e dextrina.
A perda da firmeza ocorre como
consequência natural do amadurecimento
de frutas e está associado ao amaciamento
dos tecidos, que modificam o tamanho e
a distribuição dos polímeros das paredes
celulares e ativam enzimas hidrolíticas
(Amariz et al., 2010).
Série Iniciados v. 23
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