Qualidade e conservação pós-colheita de Abacaxi Pérola sob recobrimentos
à base de quitosana associada à infusões de sementes de plantas medicinais
riscos à saúde do consumidor é desejável.
Os recobrimentos biodegradáveis,
pode prolongar a vida pós-colheita de
abacaxi ‘Pérola’, retarda o amadurecimento,
melhora a aparência e o sabor dos frutos
podendo ocasionar uma menor perda de
peso e, mais importante, consistindo numa
tecnologia limpa (GUIMARÃES et al., 2017). O
emprego desta tecnologia, pode proporcionar
significativos atrasos na utilização do
conteúdo dos substratos da respiração e na
alteração da coloração de abacaxi fresco,
reduzir a degradação do ácido ascórbico e
preservar as propriedades sensórias como
cor, odor, sabor, textura e aceitação global,
como em manga Tommy Atkins (AZERÊDO
et al., 2016).
Ultimamente a principal base para
produção e elaboração desses recobrimentos
tem sido os polissacarídeos, como a fécula
de mandioca e quitosana, associados e
incorporados de aditivos em sua formulação,
que desempenham atividade antimicrobiana
e tem sido uma alternativa ao controle de
reações prejudiciais à qualidade de frutos.
(GUIMARÃES et al., 2017; TREVIÑO-GARZA et
al., 2017; ZHANG et al., 2017), esses materiais
são amplamente disponíveis na natureza
e podem ser obtidos a baixo custo e com
facilidade, devido a sua alta disponibilidade.
A quitosana é um biofilme formado
a partir da quitina, que é encontrada
em carapaças de crustáceos e camarões
(CHANDRA & RUSTGI, 1998) apresentando
muitas aplicações comerciais e biomédicas
(RAVAL et al., 2017) possui grande
potencial para o revestimento de alimentos,
principalmente devido a suas propriedades
antimicrobianas (ZHANG et al., 2017) e
antifúngicas (HU et al., 2016).
As propriedades funcionais da
quitosana podem ser melhoradas com
a combinação com outros materiais,
tais como: compostos orgânicos (óleos
essenciais e ácidos orgânicos), compostos
inorgânicos (íons de metal e de nano-
material inorgânico) e agentes de controle
biológico (JIANGLIAN & SHAOYING, 2013),
materiais estes que ampliam os efeitos na
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conservação dos alimentos e maximizam as
características antimicrobianas do biofilme.
O uso de extratos vegetais de sementes de
erva doce e de girassol como aditivos, em
filmes biodegradáveis, tem demostrado
resultados promissores na conservação
pós-colheita de frutos e hortaliças (LIM A
et al., 2012), devido, as suas propriedades
antimicrobianas, que diminuem a utilização
de conservantes químicos (GANDRA et al.,
2013).
O emprego de extratos de erva doce
na conservação pós-colheita associado a
filmes biodegradáveis tem sido utilizando
com sucesso (LIMA et al., 2012; AZERÊDO
e t al., 2016). Entretanto, estudos mais
aprofundados
ainda
são
necessários,
sobretudo quanto à concentração e forma
de aplicação, baseando-se nas diversas
formas de extração dos princípios ativos e
também quanto a forma mais eficiente de
incorporar esses compostos em matrizes
poliméricas filmogênica, de modo a
minimizar o crescimento microbiano e
conferir a manutenção da qualidade sem
risco ao consumo humano. Assim, é de
extrema importância para a segurança
alimentar, a ausência de odores que possam
descaracterizar sensorialmente a fruta ou
causar desordens fisiológicas ao produto
vegetal recoberto (RAFFO et al., 2011).
Diante desta problemática, a erva
doce (Pimpinella anisum L.), que apresenta
anetol no óleo essencial, com propriedades
de controle de doenças na pós-colheita
(AZERÊDO et al., 2016), sendo também
muito utilizada na forma de infusões a
partir das sementes ou chás para controle
de indisposições digestivas (RAFFO et al.,
2011). Portanto, a aplicação de óleo de erva
doce em recobrimentos pode ser utilizada na
pós-colheita como alternativa promissora
para conservação de frutos, como manga
(LIMA et al., 2012). Além disso, pode ser
uma alternativa aos conservantes químicos
(MASTROMATTEO et al., 2011) e contribuir
para o aumento da resistência pós-colheita
de frutas, levando a diminuição de infecções
por patógenos durante o armazenamento