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São Paulo (USP). Multiplicando-se essa quantidade pelos 3.321.730 habitantes alagoanos, tem-se um total de 1.993 toneladas de lixo jogado fora em apenas um dia no Estado. Uma montanha de restos que, para boa parte da população, é inútil, mas que é uma oportunidade de sobrevivência para carroceiros, catadores, coletores e gente que se alimenta do lixo.
Em outra pesquisa, realizada em 2012, pela associação Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), ficou evidente que só existe a coletiva seletiva em 766 cidades brasileiras, um proporção de apenas 14% de todo o território nacional. Em Alagoas, apenas dois dos 102 municípios alagoanos contam com programas de coleta seletiva: Maceió e Arapiraca.
Na capital, por exemplo, a coleta seletiva de lixo é feita por cooperativas, como o Projeto Pitanguinha Minha Vida e o Cooperativa de Catadores da Vila Emater (CoopVila). Na cidade do Agreste, a cooperativa dos moradores do bairro da Canafístula é apoiada pela Prefeitura Municipal, mas, ainda assim, elas não suprem a demanda do Estado e mais de 70% desse lixo têm como destino os lixões e aterros sanitários. A pesquisa ainda mostrou que, na maior parte do Brasil, é feita a coleta de porta em porta, sendo esta a forma mais econômica para as prefeituras, porém não a mais eficiente.