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Franscisca Agrimeire Leite

50 anos, cearense

Agrimeire está curada de hepatite C há 10 anos e tem uma história um pouco atípica – como descobriu cedo que estava infectada, o tratamento foi bem-sucedido e ela nunca sofreu as consequências da doença. Mesmo com o bom estado de saúde, não considera ter muitos motivos para comemorar. “Não posso ficar gritando ‘estou curada’, porque sempre tenho de chorar por alguém que faleceu”. Para ela, o que mudou após o diagnóstico foi o despertar para a dura realidade de pessoas que estavam ao seu lado, com a doença. “Se eu recebi tanto, tenho o dever de fazer alguma coisa, de ser solidária”, salienta.

Jaciara Pereira

36 anos, estudante

Mulher e mãe que vive com aids e que luta por um ideal. Esta é Jaciara, que tem o HIV desde 2001 e começou a militar no movimento social por igualdade, por um mundo sem preconceito e pelo respeito às desigualdades sociais. “Precisamos ter uma saúde decente, em que todos sejam assistidos da mesma maneira, com o mesmo profissionalismo. Vou continuar sempre nessa luta, pois acredito que tudo um dia possa mudar”, assegura. Hoje ela se considera “positiva” em todos os sentidos. “A gente pode viver com o HIV, sim, pode ser amada e, acima de tudo, pode ser respeitada”, comemora.

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