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que antes receavam por ver, graças a esse tolhimento velado que sofrem.
Queremos que cada um de nós mostre a sua respectiva verdade (FOUCAULT, 1992), não que fiquem encerrados em uma verdade que é violentamente imposta a eles. Afinal, “onde existe a escolha, a verdade já não é UMA” (KEHL, 2001, p. 71) e almejamos que os sujeitos se repletem de escolhas, tendo por base aquela verdade que se diz no interior de cada um. E que possamos entender essas diferentes visões de forma a não excluir ou silenciar esse outro que muito diz de nós mesmos. Impossíveis de todos sermos concretude, é imprescindível aprendermos (nós, professores) aquilo que não vivenciamos e, para isso, é preciso escutar o outro (aluno), com o objetivo de trocar vivências e enriquecermo-nos.
Portanto, essa sequência didática apresentada a vocês, professores, tem como intuito dar essa voz aos alunos, pautando-se numa concepção sociointeracionista de língua(gem), que postula a mútua interação entre interlocutores, os quais produzem sentidos um nos outros, afetando-se de maneiras várias. Enquanto um diz, produzindo seus sentidos, o outro também diz/interpreta de forma diferente, posto que sujeito com experiências distintas.
Escolhemos a modalização - do tipo epistêmico, mais especificamente - como tópico linguístico a ser trabalhado na sinopse de livro, uma vez que o gênero está repleto delas. As modalizações epistêmicas são, de acordo com Koch (2011), aquelas a que se referem ao eixo da crença. Ou seja, é o tipo de modalização mais presente nas sinopses de livro, uma vez que são mobilizados termos - adjetivos, substantivos, advérbios e verbos - de maneira positiva, para convencimento da leitura do livro.