Tudo acontece enquanto envelheço
na utopia em que me teço.
Tudo acontece febre terçã
pois sozinha eu vago
entre os muros.
Sinfonia sem saída –
Ânsia sem alarde e melodia.
Como animais noturnos fariam
me contenho vasta no silêncio.
Renascendo, sonho improvável.
Percorrendo linhas intocáveis.
O grito existe e o espanto rasga
os mapas diáconos das estações.
Em memórias de veredas que são
miragens ao limite do que fomos.
Traços inegáveis do que somos –
nada mais do que um pouco
mais que o nada.