Scripsi Scripsi 4 | Page 11

COMO ANIMAIS NOTURNOS FARIAM À memória de Ingeborg Bachmann
Como animais noturnos fariam rastejo nas covas do instinto. Recriando as dores perdidas. Arpando âncoras no silêncio – e não sou mais do que um eclipse.
Ausente na ideia que é cega, se muito penso. Orbitando cadente na estéril realidade – incendiária névoa vermelha.
Fervendo palavras sobre a cabeça felina sorvendo em brasas dissolvendo veloz a tristeza metálica deste corpo.
E o mundo não é como antes. O mundo é como sempre foi. O mundo mudo como o nunca.
Mas abutres ardem imortais na cidade sitiada pelo caos. Alíneas saltam corrompidas na cidade sitiada pelo caos. Entranha de teias temporais. A cidade sitiada pelo caos. Raízes do espanto-movediço.