Saúde Mental Jun. 2017 | Page 36

14

Referências:

Andriolo, Arley. A "psicologia da arte" no olhar de Osório Cesar: leituras e escritos. Psicol. cienc. prof. [online]. 2003, vol.23, n.4, pp.74-81. ISSN 1414-9893. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932003000400011.

Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo. A formação em Arteterapia no Brasil: contextualização e desafios. Textos do III Fórum Paulista de Arteterapia. - São Paulo: Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo, 2010. 163p.

Liberato, Mariana Tavares Cavalcante & DIMENSTEIN, Magda (2013). Arte, loucura e cidade: a invenção de novos possíveis. Psicologia & Sociedade, 25(2), p.272-281.

Providello, Guilherme Gonzaga Duarte; Yasui, Silvio. A loucura em Foucault: arte e loucura, loucura e desrazão. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.4, out.-dez. 2013, p.1515-1529.

Silveira, Nise. Imagens do inconsciente. Petrópólis, RJ: Editora Vozes 2015.

Emygdio de Barros, ex- paciente de Nise da Silveira, na década de 1980

percepção social acerca da loucura e a clínica e política.

Para a instituição há uma política de encontro como mecanismo clínico em cada uma das oficinas terapêuticas. A oficina de Intervenção urbana traz como base o empoderamento urbano, através do qual o indivíduo passa a se reconhecer e sentir parte da sociedade em que busca ser inserido, cada manifestação em meio público traz para o indivíduo a possibilidade de se sentir incluído e de transformar a visão social da loucura como uma potencialidade e uma diversidade humana a ser respeitada, seja através de cartazes, mosaicos ou blocos de carnaval.

Desta maneira, torna-se notável e necessária a continuidade da luta antimanicomial, ainda há muito a ser mudado no que concerne a percepção do louco em sociedade. A inclusão e o respeito devem ser chaves neste processo, a arte como porta voz deste mundo desconhecido deve ser amplamente difundida, visando oferecer a humanização dos tratamentos de portadores de transtornos psíquicos.

Já existem instituições admiráveis que fazem este trabalho, porém, cabe ao profissional recém formado, seja da psiquiatria, psicologia, terapia ocupacional, arteterapia ou das demais áreas, o engajamento em tais lutas para fazer disto uma das responsabilidades sociais de seu trabalho.

36