Saúde Mental Jun. 2017 | Page 18

Antes do esclarecimento sobre as ditas doenças mentais, lembre-se o perigo de reduzir uma pessoa ao seu laudo medico, esse hábito de rotular acaba se propagando e temos uma sociedade em que toda anormalidade será taxada, descrevendo-a como doença, logo e medicada para que esse estado da pessoa volte a normalidade, ignorando a subjetividade de cada, mas para fins práticos apresentarei os sofrimentos psíquicos, como as chamarei a partir de agora, com base em conceitos da Medicina e Psicologia, afim de um esclarecimento mais amplo.

estímulos aversivos e pré-aversivos, controláveis ou incontroláveis, como sendo responsável por produzir uma condição fisiológica particular, concomitante a uma mudança no responder geral do organismo” (Forsyth, 2000; Forsyth & Eifert, 1996a, 1996b; Oliveira & Duarte, 2004; Queiroz & Guilhardi, 2001; Reiss, Peterson, Gursky & McNally, 1986; Wolpe, 1981 apud Cardoso, 2010).

A depressão, que popularmente tem sido nomeada da mal do século, atingindo vários estágios da vida, na velhice em idosos trancafiados em asilos, onde a proximidade do fim da vida e o abandono dos parentes, em adultos com jornadas suas jornadas de trabalhos em empregos que não os satisfazem e em adolescentes, com a pressão da entrada nas faculdades e mercado de trabalho e com o bullyng nas escolas, para os autores Dougher e Hackbert (1994) partindo da analise do comportamento, a depressão seria a de “eliciação incondicionada, na qual contingências relacionadas à punição e extinção ou à disponibilidade insuficiente de reforço funcionariam como estímulos incondicionados, assim gerando subprodutos emocionais característicos da depressão”, na psicanalise, a partir do do texto “Luto e Melancolia” Freud (1917), podemos nos arriscar a dizer que a melancolia e depressão seriam sinônimos, a melancolia tem por característica um desanimo profundo, perda da capacidade de amar, cessar o interesse do mundo externo, inibição da produtividade e perda da auto-estima, esta ultima que é o que a diferencia do luto, e que também o luto tem como impulsador a perda de alguém, já na melancolia seria a perda da natureza mais ideal (Siqueira, 2007). No modelo cognitivo da depressão, teriam como três características principais para identifica-lo, que seriam a visão negativa de si-mesmo, ter a visão de si próprio como defeituoso, a segunda seria a visão negativa da própria interação no ambiente, sentir-se frente a derrota ao se deparar com os “obstáculos” do dia-a-dia, e a visão negativa do futuro, de que esse sofrimento se perpetuará indefinidamente ( Correia & Barbosa, 2009)

A psicopatia, esse termo que já foi usado para taxar todo comportamento anormal ou imoral, também já foi usada para designar toda doença mental e que na atualidade tem características exclusivas, mas que sofrem poucas alterações dependendo do contexto cultural. Schneider apontou a “personalidade psicopática” à um funcionamento anormal que causa sofrimento as pessoas ao redor e ao portador da personalidade, com uma mórbida perversão nos sentimentos, afetos, de inclinações temperamentais, de hábitos e sem nenhuma alteração no nível intelectual (Gunn, 2003 apud Nunes, 2009) , geralmente, o individuo demonstra ausência de ansiedade ou depressão, apesar que geralmente podem ameaçar de cometer suicídio mas sem a real intenção, a manifestação de comportamento antissocial é característica mas nem sempre leva a atos criminosos, pode também ser definida como um padrão comportamental que encerra a manifestação de “menosprezo e violação” dos direitos dos outros, que se inicia na infância ou adolescência e perpetua na adultez. (Kaplan, 2003 apud Nunes, 2009). Contudo varias outras características podem ser apresentadas como; estilo de vida ausente no caos, incapacidade de demonstrar sentimentos ou de sentir afectos, a tendência de revelar a ausência de culpa, ansiedade e tensão emocional, bem maior na população (Pins, 1980 apud Nunes, 2009) , essas características podem ser troféus para o individuo, que se orgulha de a tê-las.

1996a, 1996b; Oliveira & Duarte, 2004; Queiroz & Guilhardi, 2001; Reiss, Peterson, Gursky & McNally, 1986; Wolpe, 1981 apud Cardoso, 2010).

A depressão, que popularmente tem sido nomeada da mal do século, atingindo vários estágios da vida, na velhice em idosos trancafiados em asilos, onde a proximidade do fim da vida e o abandono dos parentes, em adultos com jornadas suas jornadas de trabalhos em empregos que não os satisfazem e em adolescentes, com a pressão da entrada nas faculdades e mercado de trabalho e com o bullyng nas escolas, para os autores Dougher e Hackbert (1994) partindo da analise do comportamento, a depressão seria a de “eliciação incondicionada, na qual contingências relacionadas à punição e extinção ou à disponibilidade insuficiente de reforço funcionariam como estímulos incondicionados, assim gerando subprodutos emocionais característicos da depressão”, na psicanalise, a partir do do texto “Luto e Melancolia” Freud (1917), podemos nos arriscar a dizer que a melancolia e depressão seriam sinônimos, a melancolia tem por característica um desanimo profundo, perda da capacidade de amar, cessar o interesse do mundo externo, inibição da produtividade e perda da auto-estima, esta ultima que é o que a diferencia do luto, e que também o luto tem como impulsador a perda de alguém, já na melancolia seria a perda da natureza mais ideal (Siqueira, 2007). No modelo cognitivo da depressão, teriam como três características principais para identifica-lo, que seriam a visão negativa de si-mesmo, ter a visão de si próprio como defeituoso, a segunda seria a visão negativa da própria interação no ambiente, sentir-se frente a derrota ao se deparar com os “obstáculos” do dia-a-dia, e a visão negativa do futuro, de que esse sofrimento se perpetuará indefinidamente ( Correia & Barbosa, 2009)

A psicopatia, esse termo que já foi usado para taxar todo comportamento anormal ou imoral, também já foi usada para designar toda doença mental e que na atualidade tem características exclusivas, mas que sofrem poucas alterações dependendo do contexto cultural. Schneider apontou a “personalidade psicopática” à um funcionamento anormal que causa sofrimento as pessoas ao redor e ao portador da personalidade, com uma mórbida perversão nos sentimentos, afetos, de inclinações temperamentais, de hábitos e sem nenhuma alteração no nível intelectual (Gunn, 2003 apud Nunes, 2009) , geralmente, o individuo demonstra ausência de ansiedade ou depressão, apesar que geralmente podem ameaçar de cometer suicídio mas sem a real intenção, a manifestação de comportamento antissocial é característica mas nem sempre leva a atos criminosos, pode também ser definida como um padrão comportamental que encerra a manifestação de “menosprezo e violação” dos direitos dos outros, que se inicia na infância ou adolescência e perpetua na adultez. (Kaplan, 2003 apud Nunes, 2009). Contudo varias outras características podem ser apresentadas como; estilo de vida ausente no caos, incapacidade de demonstrar sentimentos ou de sentir afectos, a tendência de revelar a ausência de culpa, ansiedade e tensão emocional, bem maior na população (Pins, 1980 apud Nunes, 2009) , essas características podem ser troféus para o individuo, que se orgulha de a tê-las.

Delírio é uma ideia ou uma fala que não corresponde a realidade mas que o sujeito acredita convictamente que aquilo que ele está presenciando é da realidade, mesmo sendo apresentados para o individuo provas logicas de que o que ele está falando ou fazendo não é real.. O delírio esta presente em diversas psicoses principalmente na esquizofrenia, esta presente também no senso comum, dizemos que a pessoa está delirando quando o que ela faz ou o que ela fala não condiz com o contexto em que está. Ao longo do tempo foram se caracterizando vários tipos de delírios, e classificados de acordo com o as falas do individuo que citarei a seguir; Delírio de perseguição: o individuo acredita que algum mal esta vindo atrás dele, e que esse alguém ou algo logo o alcançará. Delírio de grandeza: delírio de que se é um individuo importante, um rei ou presidente, e que o individuo tem poderes únicos. Delírio de controle: o individuo acredita que esta sendo controlado por alguém ou algo, esses são alguns dos principais delírios relatados e classificados pelo CID-10.

A loucura sempre esteve presente na sociedade, mas como ela é recebida e/ou “tratada” depende do contexto sócio-cultural, de acordo com Foucault (Foucault, 1976. Nunes M. & Torrenté M. 2009) , a loucura já foi na antiguidade vista como uma divindade, já foi nas épocas medievais e até mesmo nos dias de hoje, vista como possessão demoníaca, já foi expurgada da sociedade considerada normal, nos tempos atuais há um melhor conhecimento da loucura e de como lida-la, entretanto há ainda estados e até mesmo a alguns anos atrás , manicômios onde não só os tidos loucos por que tinha algum distúrbio mental eram trancafiados e desnudados, mas as pessoas que não haviam nenhum sofrimento psíquico, mas como agiam de forma imoral ou qualquer outra coisa cabível de leva-los ao manicômio, o espaço virou despejo de pessoas, pobres, mendigos, mulheres adulteras entre outros, poderiam muito bem serem classificados como loucos pela população, ocasionando assim em superlotações de manicômios, toda via atualmente é muito difícil responder de forma exata o que é loucura, para a Saúde mental muito depende da visão de mundo e da definição de moralidade da cultura (conceito de certo e errado) em que se estuda, e sabendo disso, a anormalidade seria a loucura. Já na psiquiatria uma doença médica, de caráter biofísico, ou orgânico puro sendo exemplificada a esquizofrenia (Junior & Medeiros 2007). De qualquer forma a rotulação de normalidade e o afastamento desse estado sejam considerados loucura, pode promover formas de segregação anteriormente vistas na historia, tanto a loucura quanto todos os outros sofrimentos psíquicos.

Ruthison Tharley

Os maiores

da contemporaneidade

Sofrimentos Psíquicos

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