Saúde Mental Jun. 2017 | Page 19

A ansiedade, que hoje em dia esta no repertorio de um dos sofrimentos psíquicos mais populares, estando presente nos diversos estágios da vida como na infância e na adolescência com a pressão do sistema educacional e nos adultos devido ao trabalho e responsabilidades exorbitantes, para Darwin (1873) a ansiedade era fator de sobrevivência e está presente em várias espécies, para Freud que na viragem do mesmo século, dividiu a mente em três instancias que as chamou de: ego, que teria a sua atividade o consciente (percepção e processos intelectuais) e, em parte, pré-consciente e também inconsciente, o superego que se desenvolve na infância e agiria sobre o ego como se fosse uma espécie de juiz e por último temos o id que seriam de natureza pulsional e de ordem inconsciente, Freud descreveu a ansiedade como um temor sem razão, e para ele há três variações; a ansiedade objetiva, neurótica e moral: A ansiedade objetiva relacionada ao medo do que é tangível e que esta no mundo, portanto tem uma relação com o ambiente, a ansiedade neurótica, essa que tem por base na infância quando a criança é reprimida quando tenta satisfazer os desejos do id, sendo sexual ou o agressivo, a ansiedade nesse caso seria o medo das consequências de tentar satisfazer esse desejo e já o moral seria a ansiedade da nossa consciência quando você expressa o impulso do id e se sente envergonhado. Para a analise do comportamento, usando de base o modelo do Behaviorismo Radical de Skinner (1945) e utilizando das argumentações de alguns autores que relatam que “exposição do organismo a estímulos aversivos e pré-aversivos, controláveis ou ou incontroláveis, como sendo responsável por produzir uma condição fisiológica particular, concomitante a uma mudança no responder geral do organismo” (Forsyth, 2000; Forsyth & Eifert, 1996a, 1996b; Oliveira & Duarte, 2004; Queiroz & Guilhardi, 2001; Reiss, Peterson, Gursky & McNally, 1986; Wolpe, 1981 apud Cardoso, 2010).

A depressão, que popularmente tem sido nomeada da mal do século, atingindo vários estágios da vida, na velhice em idosos trancafiados em asilos, onde a proximidade do fim da vida e o abandono dos parentes, em adultos com jornadas suas jornadas de trabalhos em empregos que não os satisfazem e em adolescentes, com a pressão da entrada nas faculdades e mercado de trabalho e com o bullyng nas escolas, para os autores Dougher e Hackbert (1994) partindo da analise do comportamento, a depressão seria a de “eliciação incondicionada, na qual contingências relacionadas à punição e extinção ou à disponibilidade insuficiente de reforço funcionariam como estímulos incondicionados, assim gerando subprodutos emocionais característicos da depressão”, na psicanalise, a partir do do texto “Luto e Melancolia” Freud (1917), podemos nos arriscar a dizer que a melancolia e depressão seriam sinônimos, a melancolia tem por característica um desanimo profundo, perda da capacidade de amar, cessar o interesse do mundo externo, inibição da produtividade e perda da auto-estima, esta ultima que é o que a diferencia do luto, e que também o luto tem como impulsador a perda de alguém, já na melancolia seria a perda da natureza mais ideal (Siqueira, 2007). No modelo cognitivo da depressão, teriam como três características principais para identifica-lo, que seriam a visão negativa de si-mesmo, ter a visão de si próprio como defeituoso, a segunda seria a visão negativa da própria interação no ambiente, sentir-se frente a derrota ao se deparar com os “obstáculos” do dia-a-dia, e a visão negativa do futuro, de que esse sofrimento se perpetuará indefinidamente ( Correia & Barbosa, 2009)

A psicopatia, esse termo que já foi usado para taxar todo comportamento anormal ou imoral, também já foi usada para designar toda doença mental e que na atualidade tem características exclusivas, mas que sofrem poucas alterações dependendo do contexto cultural. Schneider apontou a “personalidade

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