Saúde Mental Jun. 2017 | Page 13

Para efetização do processo de desinstitucionalização são criadas então as Residências Terapêuticas, onde as pessoas até então asiladas nos leitos dos manicômios agora são recebidas nessas residências para reinserção social e terem um acompanhamento e uma assistência oferecida pelos Centros de Atenção Psicossociais. Os CAPS surgiram como alternativa do modelo hospitalar psiquiátrico, para garantir um cuidado e atenção em saúde mental aos que possuem transtornos. Segundo o Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/bvs/saudemental), o número de CAPS no país cresce mantendo uma taxa anual relativamente estável, isso pode ser visto como um avanço e um legado deixado pela Luta Antimanicomial.

Portanto, deve-se considerar o avanço da mudança que o país alcançou no tratamento da doença mental, as pessoas portadoras de transtorno passaram a ter direitos garantidos pela lei, que indicam uma assistência diferenciada à saude e ao tratamento. Mesmo com o preconceito ainda existente na sociedade com essas pessoas, a tendência é que com a socialização e tratamentos psicossociais realizados, as pessoas compreendam e tenham uma visão do indivíduo como pessoa participante da sociedade e não apenas como um portador de doença mental. Visando a inclusão social e a garantia de direitos, foi instaurado o dia 18 de maio como dia nacional da Luta Antimanicomial.

Psiquiátrica na Itália e, consequentemente no Brasil e inspirador da Luta Antimanicomial.

Referências:

Amarante, P. (1994). Uma aventura no manicômio: a trajetória de Franco Basaglia. História, Ciências Saúde – Manguinhos, 1(1), 61-67.

Amstalden, A., & Passos, E. (n. d.). A reforma psiquiátrica brasileira e a política de saúde mental. Recuperado em 02 junho, 2017 de www.ccms.saude.gov.br/VPCreforma.html.

Arbex, D. (2013). Holocausto brasileiro (1ª ed.). São Paulo: Geração Editorial.

Basaglia, F. (1985). A Instituição negada: relato de um hopital psiquiátrico (H. Jahn, Trad.). Rio de Janeiro: Edições Graal. (Obra original publicada em 1968).

Vasconcelos, M. de F. F. de, Machado, D. de O., & Mendonça Filho, M. (2013). Acompanhamento terapêutico e reforma psiquiátrica: questões, tensões experimentações de uma clínica antimanicomial. Psicologia & Sociedade, 25(2), 95-107.

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