Para efetização do processo de desinstitucionalização são criadas então as Residências Terapêuticas, onde as pessoas até então asiladas nos leitos dos manicômios agora são recebidas nessas residências para reinserção social e terem um acompanhamento e uma assistência oferecida pelos Centros de Atenção Psicossociais. Os CAPS surgiram como alternativa do modelo hospitalar psiquiátrico, para garantir um cuidado e atenção em saúde mental aos que possuem transtornos. Segundo o Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/bvs/saudemental), o número de CAPS no país cresce mantendo uma taxa anual relativamente estável, isso pode ser visto como um avanço e um legado deixado pela Luta Antimanicomial.
Portanto, deve-se considerar o avanço da mudança que o país alcançou no tratamento da doença mental, as pessoas portadoras de transtorno passaram a ter direitos garantidos pela lei, que indicam uma assistência diferenciada à saude e ao tratamento. Mesmo com o preconceito ainda existente na sociedade com essas pessoas, a tendência é que com a socialização e tratamentos psicossociais realizados, as pessoas compreendam e tenham uma visão do indivíduo como pessoa participante da sociedade e não apenas como um portador de doença mental. Visando a inclusão social e a garantia de direitos, foi instaurado o dia 18 de maio como dia nacional da Luta Antimanicomial.
Psiquiátrica na Itália e, consequentemente no Brasil e inspirador da Luta Antimanicomial.
Referências:
Amarante, P. (1994). Uma aventura no manicômio: a trajetória de Franco Basaglia. História, Ciências Saúde – Manguinhos, 1(1), 61-67.
Amstalden, A., & Passos, E. (n. d.). A reforma psiquiátrica brasileira e a política de saúde mental. Recuperado em 02 junho, 2017 de www.ccms.saude.gov.br/VPCreforma.html.
Arbex, D. (2013). Holocausto brasileiro (1ª ed.). São Paulo: Geração Editorial.
Basaglia, F. (1985). A Instituição negada: relato de um hopital psiquiátrico (H. Jahn, Trad.). Rio de Janeiro: Edições Graal. (Obra original publicada em 1968).
Vasconcelos, M. de F. F. de, Machado, D. de O., & Mendonça Filho, M. (2013). Acompanhamento terapêutico e reforma psiquiátrica: questões, tensões experimentações de uma clínica antimanicomial. Psicologia & Sociedade, 25(2), 95-107.
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