O
s conjuntos de chorões passaram a ser muito requisitados para as gravações fonográficas, que começaram no Brasil a partir 1902. Anacleto de Medeiros foi um dos primeiros a participar destas gravações, e também na condição de orquestrador fez adaptações da linguagem para as bandas. Já Patápio Silva foi o primeiro flautista a fazer um registro fonográfico. João Pernambuco enriqueceu a utilização do violão com elementos regionais. Ernesto Nazareth compositor de Brejeiro, Odeon e Apanhei-te de Cavaquinho faz a aproximação da música popular com a erudita.
O Choro incialmente era composto em três partes, depois passaram a ser duas partes, a sua execução passava por todas as partes e voltava sempre a primeira parte, o que é conhecido como “rodó”. O Maxixe foi odiado e repudiado, era proibido de ser executado em locais públicos. Aqui faremos a lembrança da mudança de nomenclatura do gênero que passou de Maxixe para Tango Brasileiro, desta forma criou-se uma forma de Resistência ludibriando a elite e o poder constituído. Em matéria publicada em jornal da época Tia Ciata anuncia (...) Neste ano de 1917 vocês irão ver o verdadeiro “Tango Brasileiro Pelo Telefone” na avenida...” se referindo ao desfile de carnaval onde seria interpretada a música, reivindicando em conjunto com Pixinguinha e seu irmão China, a autoria do maxixe “Pelo Telefone” registrada em nome de Donga e Mario de Almeida.
Pxinguinha – Alfredo da Rocha Filho é outro marco do Choro e da Música Brasileira, para alguns trata-se do antes e o depois de Pixinguinha como referencial da Música Brasileira. Com o conjunto Oito Batutas alcançou a fama após uma temporada de seis meses em Paris no ano de 1922. Teve criticas positivas e negativas, do ufanismo a desqualificação. Com Lamentos e Carinhoso composto em apenas duas partes, recebeu a menção de um critico “uma inaceitável influência do jazz.”
Revista Samba Acadêmico Abril 2017 9