Samba Acadêmico Brasil Edição 13 ANO II Abril 2017 | Page 40

preservar o

Samba

Nosso povo é fruto de miscigenação em sua medida mais ampla e a promoção da diversidade cultural se faz necessária

Com a crise dos cafezais paulistas muitos trabalhadores rurais migram para a Capital Paulista fincando residência na periferia da cidade, como Largo da Banana, Barra Funda, Glicério, etc. Nestes locais aconteciam as batucadas dos engraxates, principalmente na Praça da Sé, com novas composições e também onde acontecia a Tiririca, espécie de disputa de golpes em que um oponente tenta derrubar o outro com pernadas. O nome tiririca vem de uma planta de mesmo nome que é rasteira. Muitos foram os sambistas que participavam destas batucadas. Esta é a RODA DE SAMPA. Nas rodas de samba a mulata sacudia para lá e para cá. E para o sambista o samba sem ela não

pode ficar, então GUARDE A SANDALIA DELA.

Em versos o sambista canta que a TRISTEZA DO SAMBISTA é saber que a favela virou poesia na boca

de quem nunca soube o que é sofrer.

Mesmo se arrependendo depois, como relatado em depoimento de Toquinho, Vinicius de Moraes, em determinada ocasião, utiliza uma frase que o lembrará, mesmo após a sua morte “São Paulo é o Tumulo do Samba”, o que na verdade é o CUMULO DO SAMBA.Mas Deus nos deu o dom de sonhar, então vamos sonhar todo SANTO DIA. Novos compositores surgem para abraçar o samba, cantando a sua história, seu sincretismo: SANTA BAMBA. Nas últimas décadas São Paulo vem se destacando pela efervescência de novos redutos na periferiasão as Comunidades e Terreiros de Samba que cantam a Velha Guarda do Sambaiincentivando novos compositores, cantando o Samba de Quadra ou Samba de Terreiro, reascendendo a chama e criando um NOVO QUILOMBO,.enasce com gente bamba, pois o Samba é a alegria do Brasil.