investigar perdas (26,3% das entrevistadas), enquanto 23,7% gostariam de discutir junto aos veículos de imprensa a falta de humanização no atendimento médico. Vale destacar que, entre as pesquisadas, 49,5% afirmaram que os médicos que as acompanhava não viam razões para investigar a perda.
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Unidas na dor e no amor
Por Odete Santos, 58 anos,
Engenheira, de São Paulo (SP),
Mãe do Ricardo
O Grupo Unidas Pela Dor foi criado em 4 de setembro de 2002, data em que descobri que meu segundo bebe não havia sido retirado de mim na curetagem que fiz para investigar problemas genéticos no mesmo. O bebe não foi retirado, e eu o expeli descendo do táxi, após fortes contrações uma semana após a curetagem.
Foi meu segundo bebê, minha segunda perda gestacional no período de menos de um ano. Fui à loucura literalmente, briguei com o mundo, desci ao chão, e junto com outras amigas que conheci através da internet, elaboramos e fundamos o Unidas Pela Dor, nossa nova família, nosso suporte e apoio.
Hoje, passados quase 15 anos, relembrar toda esta dor, ainda faz doer. Porém, sem ter passado por isto, muito do que vivemos hoje não teria acontecido. A procura e
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