RPL - Revista Portuguesa sobre o Luto 3 | Page 21

dizer o que se é melhor ignorarem a presença de uma mãe de anjo ou ser parabenizado por ser mãe e não sentir a felicidade do filho nos braços, é algo bem doloroso. E para completar ainda é preciso manter-se firme, sim bem firme porque se é o dia das mães então é o dia da minha mãe, das minhas irmãs e amigas que também são mães.

A única certeza é que embora conseguimos continuar vivendo, lutando e esperando que um dia chegue um Arco Iris em nossa vida e nos prove que após a tormenta é possível ver cores e alegria luto e datas comemorativas não combinam, tais datas são apenas mais um dia em que temos que engolir o choro, disfarçar aquele nó na garganta que surge cada vez que pensamos em como seria a vida com nossos anjinhos do nosso lado.

Ana Lúcia Pinto Vidal

Pedagoga e Funcionária Pública

Mãe da Anjinha Sofia

Palmas de Monte Alto/Bahia (Brasil)

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