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Se falarmos da perda do próprio indivíduo, também percebemos o sentimento de solidão. O ser humano é incapaz de se voltar para si mesmo e mergulhar no processo de autoconhecimento, distanciando-se de si mesmo, passando a procurar no outro, o que deveria procurar em si mesmo.
Seguem-se os momentos a sós com os próprios pensamentos como um mergulho difícil mas necessário para enfrentar a situação. Sozinho, o indivíduo passa a conversar consigo mesmo. Aprende a viver com o próprio luto, encontrando estratégias que se tornam aliadas contra a solidão.
Viver o luto e a sua consequente solidão é importante, faz-nos crescer enquanto pessoas. Permite ao indivíduo desenvolver a sua própria história, dando-lhe força para colocar um ponto final e começar um novo capítulo da sua vida.
Clarisse Queirós, 32 anos
Socióloga e Conselheira do Luto
Braga (Portugal)