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Ela afirma que seu maior desafio é ver seu trabalho e o de sua equipe refletido de alguma forma em melhores indicadores de saúde e em uma melhor assistência à saúde prestada à população.
MnQ - O que faz uma Superintendente de Educação Permanente em Saúde?
CPT - O trabalho da superintendente é traçar os caminhos para que a educação permanente em saúde seja reconhecida como uma importante ferramenta de gestão. Isso é feito através da implementação de cursos de capacitação, articulação com as instituições de ensino, reflexão crítica sobre os processos de trabalho em saúde, orientação metodológica das ações de qualificação dos profissionais nesse campo de atuação propostas pelos vários setores da SES, além do apoio oriundo dos municípios do estado. Uma coisa importante implementada pela nossa área é a elaboração do Plano Estadual de Educação Permanente em Saúde, que é um instrumento de planejamento e apoio à gestão muito importante por congregar todas as ações de qualificação e formação profissional da secretaria e das regiões de saúde.
MnQ - Quais esforços a sua superintendência vem realizando para alcançar isso?
CPT - Não só a Superintendência, mas toda a Subsecretaria de Educação e Inovação em Saúde da qual faço parte está muito envolvida nas ações contra o avanço do COVID. Estamos trabalhando na elaboração e organização desses materiais de treinamento sobre o COVID-19 para os profissionais de saúde do estado. Esses materiais, sejam eles PPTs (arquivos de Powerpoint) ou vídeos são fundamentais para os profissionais da assistência que precisam ter acesso à informação de forma rápida, clara e objetiva, pois eles estão na linha de frente. A subsecretaria também está envolvida nas atividades dos voluntários que trabalham nos hospitais de campanha.
MnQ - Quais são os seus desejos para o futuro?
CPT - Que a população tenha amadurecido e esteja mais consciente sobre suas escolhas políticas. Estas escolhas podem levar a um desmonte do Sistema Único de Saúde sem volta. Não tem como eu trabalhar no SUS e não desejar que a assistência à saúde seja de mais equidade. Que as populações em situação de vulnerabilidade consigam ter mais acesso e qualidade aos serviços de saúde em geral, e os projetos políticos, dependendo da sua direção e intenção, podem tornar isso cada vez mais difícil.
Tendo também adotado o home office (trabalho em casa), Carina aponta que seu nível de trabalho cresceu bastante com a pandemia, e que "o maior desafio da gestão nesse momento é conseguir evitar o aumento do número de infectados de Coronavírus, evitar o número de óbitos e garantir a assistência à população."