Para acolher os refugiados
Mãe vende arranjos de flores para custear trabalho voluntário de brasileira na crise dos refugiados
DEPOIS DE 45 DIAS em Lesbos , na Grécia , trabalhando no recebimento de barcos com refugiados , Gabriela Shapazian , aos 16 anos , sentiu que sua missão seria seguir sendo voluntária para ajudar mais gente . A mãe , Kety , decidiu que iria apoiar a filha . “ Eu ganhei um arranjo de flores em um chá de bebê que organizamos para um casal sírio em São Paulo e na hora pensei : ‘ Vou vender flor no farol e dar o dinheiro para a Gabi , que precisa de 40 euros por dia para se manter ’”, conta . “ Passei vergonha , recebi esmola e fui ignorada pela maioria dos motoristas . Mas era o começo de uma história que mudou a nossa vida ”, diz Kety . Elas criaram o Flores para os Refugiados , que vende arranjos para pessoas que acreditam no trabalho de Gabi e , assim , colaboram com o sonho da garota em acolher , dar carinho e atenção a quem teve de deixar sua casa . “ Queremos falar que , se um dia você achar que um bote inflável superlotado é mais seguro que a terra , você vai querer que no meio do caminho tenha alguém que lhe estenda a mão ”, conta a mãe de Gabi , que se sente orgulhosa
SETEMBRO 2017 • vida simples