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REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI ‘‘ROBERTO SIMONSEN’’ rodoviária. De acordo com a pesquisa Tendência do número de vítimas em acidentes de trânsito nas rodovias federais brasileiras publicada pela Scielo consta que: (...) novembro de 2015 (dois mil e quinze) a fevereiro de 2017 (dois mil e dezessete) a respeito da ocorrência de 1000 (mil) acidentes ocorridos no período. Verificou-se por meio deste estudo que a proporção corresponde a 1 (uma) morte de passageiro de caminhão, para 35 (trinta e cinco) mortes de passageiros de demais veículos. Ou seja, em acidentes envolvendo caminhões, aproximadamente 2,8% (dois virgula oito por cento) das vítimas são ocupantes desses veículos. Ainda acerca do mesmo estudo, foi possível identificar que a taxa de mortes de caminheiros é maior quando esses envolvem apenas caminhões, sendo que 50,3% (cinquenta virgula três porcento) dos acidentes com estes veículos ocorrem com apenas um caminhão. Sugere-se que tal realidade ocorra devido ao excesso de cansaço atribuído a estes profissionais é a imprudência dos mesmos. O estudo enfatiza, “quem mata caminhoneiro, é o próprio caminhoneiro”. Dentre os acidentes mais comumente observáveis, encontram-se os tombamentos. Tal fenômeno é visto corriqueiramente todos os dias em noticiários em diversos meios de comunicação. Devido a facilidade de se encontrar imagens e filmagens a respeito do assunto, é possível perceber que os tombamentos sempre ocorrem de uma forma similar: o veículo começa a desenvolver uma curva e a roda traseira interna a curva começa a ser erguida até que essa elevação se torne suficientemente alta e o veículo tomba para fora da curva. Por meio da observação desse fenômeno conseguimos perceber os fatores que mais influenciam neste problema se devem à imprudência durante a condução como foi supracitado. Mesmo que esses problemas possam ser evitados com maior atenção e cuidado por parte dos motoristas, é importante entendermos os conceitos físicos que envolvem o fenômeno. Dentre os principais, podemos destacar: Ÿ Excesso de peso; Ÿ Má distribuição das cargas; Ÿ Efeitos Inerciais; Ÿ Formação de Torque. Portanto, a partir de estudos referentes a esses fenômenos, o projeto Balance Gear foi desenvolvido como um estudo para verificar a eficiência de um sistema que promova constantemente o equilíbrio da estrutura em movimento a partir do efeito final causado pela força centrífuga. Ou seja, aplicando 57 REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI “ROBERTO SIMONSEN” – SÃO PAULO – n. 4, jul./dez. 2019