Master DryLink com novo sistema de comando |
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Resistência ao novo
Hoje , na opinião de André Rocha , já seria tecnicamente possível automatizar 100 % da linha de produção de uma indústria calçadista , pois as tecnologias estão disponíveis , mas ainda existem barreiras econômicas e culturais para que isso aconteça de fato . No aspecto econômico , em alguns processos e operações , as tecnologias disponíveis ainda não são economicamente viáveis , como exemplo o serviço de movimentação de almoxarifado , devido à diversidade de materiais . Já as barreiras culturais estão relacionadas aos valores , crenças e ações que definem a forma como as organizações conduzem seus negócios . “ Há um dito popular que o ‘ sapateiro enxerga com as mãos ’, ou seja , precisa da concretude para avaliar o resultado do trabalho . Num mundo em acelerado processo de digitalização o tangível precisa ser substituído pela abstração , o que demanda tempo
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e dedicação para desenvolver . Como o calçado é um produto de moda , a diversidade também exige constante ajuste nos processos , o que é , aparentemente , mais fácil quando feito manualmente , apesar de perder consistência ”, salienta .
Lembrando que a automação já é uma realidade na indústria de calçados e há vários exemplos de aplicação em emissão de pedidos , utilização do sistema CAD no desenvolvimento dos produtos , corte automático com laser , faca ou jato d ’ água , costura programada , bordado e sistema knit , André Rocha avalia como espetacular o aumento da produtividade da indústria de calçados nos últimos 20 anos , tendo como um dos reflexos a redução do preço dos produtos acabados , em virtude do aumento da produtividade .
“ Há 20 anos , um operador produzia até 0,5 par / hora , hoje a maioria das empresas produz pelo menos 1 par / hora , num aumento de 100 % na produtividade . Há ainda espaço para aumentar a automação e isso está acontecendo ”, compara .
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maio | junho • 15 |