Revista Tecnicouro - Edição 313: comepleta Ed. 316 - completa (Jan/Fev) – 2020 | Page 94
Oficina promove iniciativas
focando exportação
A
inda na manhã da quarta-
feira, 13, ocorreu a oficina
Promoção para exportação: conhe-
cendo as ferramentas disponíveis,
ministrada por Rafaella Paulinelli,
representante da Agência Brasileira
de Promoção de Exportações e In-
vestimentos (Apex-Brasil), e por Ma-
theus de Mello, diretor da Formello
Formas, empresa de Campo Bom.
Rafaella falou da vocação da
Apex-Brasil como executora de po-
líticas de promoção de exportações
e investimentos em cooperação
com o poder público. Conforme
apontou, a missão da agência é co-
nectar o mundo por meio dos pro-
dutos e serviços brasileiros em três
frentes: promover as exportações
brasileiras; atrair investimentos
estrangeiros; e apoiar a internacio-
nalização das empresas do Brasil.
E é por meio da Apex que são exe-
cutadas diversas ações estratégicas
para promover a inserção compe-
titiva das empresas brasileiras nas
chamadas “cadeias globais de va-
lor”, na atração de investimentos e
na geração de empregos, além de
apoiar empresas de pequeno porte.
Os números da agência são ro-
bustos. Em valores absolutos, as
exportações das 15.737 empresas
apoiadas pela Apex-Brasil, em 2018,
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• janeiro | fevereiro
ficaram na ordem de US$ 51,5 bi-
lhões, o que equivale a 21,5% de
tudo o que foi comercializado pelo
País no exterior naquele ano. Foram
exportados produtos para 233 mer-
cados no mundo todo.
“A Apex-Brasil oferece diversos
programas para qualificar as em-
presas brasileiras para atuação no
exterior, visando assim contribuir
para o aumento da competitividade
por meio de ações que promovam a
inovação, a sustentabilidade, o de-
sign e a qualificação para a expor-
tação”, frisou.
O diretor da Formello Formas,
Matheus Mello, contou um pouco
da trajetória da empresa. A indús-
tria, com mais de quatro décadas
de experiência, é especializada no
desenvolvimento e produção de
fôrmas para calçados. O empresá-
rio relatou que a empresa obteve
apoio para o processo de interna-
cionalização por meio da Asso-
ciação Brasileira de Empresas de
Componentes para Couro, Calçados
e Artefatos (Assintecal) e do progra-
ma AL-Invest 5.0, um dos mais im-
portantes projetos de cooperação
internacional da Comissão Euro-
peia na América Latina.
E a primeira experiência com
exportação começou há cinco anos,
com vendas direcionadas à Colôm-
bia. “Quando fui levar os primeiros
moldes para os Correios, não tinha
ideia de que havia um nível alto
de exigência, digo com relação ao
detalhamento nas descrições do
que estava sendo exportado. Claro
que foi difícil compreender todas as
condições impostas, mas essa pri-
meira venda e as dificuldades en-
contradas foram fundamentais para
que a empresa superasse os entra-
ves e começasse a vender ao exte-
rior”, disse Matheus. Na sequência,
a empresa começou a vender para
Equador, Argentina e Bolívia.
Em 2018, a Formello exporta-
va apenas 5% em valor de vendas.
Hoje, 30% do faturamento vem da
exportação. “Não houve um aumen-
to no faturamento da empresa, o
que aconteceu foi um redireciona-
mento de nossa produção, provoca-
da pela crise no mercado interno.
Precisávamos vender, e a exporta-
ção foi o caminho para equilibrar as
contas”, explicou o empresário. “A
ideia agora é esperar uma melhora
no mercado interno nos próximos
anos e manter, no mínimo, a atual
taxa de exportação e os clientes que
conquistamos no mercado interna-
cional, para, aí sim, ter um aumento
real no faturamento”, finalizou.