Revista Tecnicouro - Edição 313: comepleta Ed. 316 - completa (Jan/Fev) – 2020 | Page 90
como outra importante vertente do de-
senvolvimento econômico. “Até pouco
tempo atrás, nossa cidade não era muito
aberta ou muito flexível para otimizar
seus processos de abertura de empresa.
O período, antes estimado em 480 dias,
passou para uma semana para instala-
ção de um empreendimento”, destacou.
Outro compromisso da administração é a
Sala do Empreendedor. O espaço, criado
em parceria com o Sebrae, é um estímulo
à capacitação especialmente de micro e
pequenas empresas. Entre as operações
de negócios, ela citou a estratégia de
seleção para as principais feiras do se-
tor calçadista: Couromoda, Fimec, Sicc,
Francal, Zero Grau, Inspiramais, 40 Graus
e Mercopar, nas quais houve retorno de
R$ 37 para cada um real investido.
O projeto de Revitalização do Co-
mércio de NH está entre as ações realiza-
das em parceria com o Sebrae. O projeto
De Cara Nova trouxe a modernização da
fachada e vitrines das lojas, para que os
empreendimentos se tornassem mais
atrativos ao público. Já o Consultorias em
Gestão ofereceu mais de 3,5 mil horas de
acompanhamento com média de 80 ho-
ras por empresa, trabalhando as finanças
e o marketing desses estabelecimentos.
E também o foco em Indicadores de De-
sempenho.
Conforme Lucas Meinhardt, as em-
presas que participaram do programa
obtiveram 14% de incremento no fatu-
ramento, aumento de cinco para 13%
em lucratividade e ampliação de 20% do
ticket médio, ou seja, a média de gastos
por cliente de R$ 148 para R$ 178.
Para finalizar, a secretária Paraskevi
salientou a importância de uma nova le-
gislação com intuito de apoiar os negó-
cios tradicionais e as áreas que envolvem
inovação e tecnologia. “Estamos traba-
lhando a partir das proposições federais
e estaduais para customizar e atualizar
uma legislação municipal para apoiar o
empreendedorismo na nossa cidade.”
Programa mudou o eixo
de desenvolvimento
de Palhoça
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• janeiro | fevereiro
No primeiro painel realizado na tar-
de do dia 12, a secretária municipal de
Desenvolvimento Econômico de Palho-
ça/Santa Catarina, Anna Paula Heiders-
cheidt, apresentou o caso Boas práticas
de inovação em âmbito municipal, com-
partilhando os resultados obtidos com o
Inova Palhoça - Programa Municipal de
Desenvolvimento Econômico pela Ino-
vação. Ao frisar que o objetivo é mudar
o eixo de desenvolvimento do município,
agregando valor a sua pauta econômica,
além de permitir um desenvolvimento
orgânico sustentável, gerando mais e
melhores oportunidades de emprego e
renda para a população, ela apontou que
a cidade ocupa o 12º lugar no ranking
do PIB, possui uma população estimada
em 171 mil habitantes, é a segunda no
ranking de crescimento econômico do
estado de Santa Catarina e possui como
principal atividade econômica o comér-
cio.
Anna fez um breve resgate histórico e
lembrou que em 2002 de 10 pessoas que
moravam no município, somente três
pagavam o Imposto Predial e Territorial
Urbano (Iptu). Segundo ela, Palhoça era
considerada uma cidade-dormitório, as
pessoas moravam ali, mas trabalhavam
em Florianópolis. Ela explicou que a ges-
tão 2002/2003 tinha uma visão do desen-
volvimento econômico para mudar esse
perfil.
“Pensavam que era preciso atrair
mais empresas. E então, em 2006, foi cria-
do o Programa de Fomento Econômico
e de Incentivos Fiscais para Empresas
do Município de Palhoça (Prodep). Em
2010, foi lançado o Instituto de Tecno-
logia e Inovação e começou-se a pensar
em um Parque Tecnológico no bairro de
Pedra Branca - bairro sustentável, berço
da inovação e da tecnologia em Palho-
ça. Em 2015, veio o Inova Palhoça. E em
2018/2019, continua-se trabalhando
com inovação, tecnologia e a desburo-
cratização do nosso município”, contou.
Segundo ela, atualmente, uma empresa
consegue se instalar no município em no
máximo cinco dias, tempo para expedir
todos os alvarás.
A secretária relatou que foi preciso
uma mudança no eixo econômico da
cidade, e ancorá-lo em quatro pilares
fundamentais: financiamento, incentivos
econômicos, atração de investimentos e
formação empreendedora, os quais são
a base para atrair investidores. Dentre
os programas criados, destacou o Nota
Fiscal Eletrônica Palhocense. Em suma,
para concorrer a prêmios ou ter desconto
no IPTU, o cidadão precisa inserir o CPF
na nota fiscal de qualquer serviço presta-
do dentro do município.
Anna falou sobre o Fundo Contábil,
a partir do lançamento de edital. “É um
fundo de equalização de juros para em-
presas que querem investir em tecnolo-
gia. A prefeitura fornece o valor a esses
pequenos empreendedores para que
eles possam montar o seu negócio”, ex-
plicou. Ela também destacou o Fundo
de Subvenção Econômica, que abrange
as pessoas físicas que tenham alguma
ideia ou projeto dentro de áreas como
iluminação e segurança pública, saúde
ou até mesmo no turismo. Será um fun-
do regido pela prefeitura em parceria
com as universidades, principalmente a
Universidade do Sul de Santa Catarina
(Unisul), que também está localizada no
bairro de Pedra Branca. Por fim, ela falou
sobre o Fundo Municipal de Aval, desti-
nado a empresas. Dentro da Secretaria
de Desenvolvimento Econômico, segun-
do a painelista, também é fornecida ca-
pacitação para empresários em parceria
com o Sebrae.
O objetivo é criar, além da legislação,
todo o ambiente para que o cidadão te-
nha estímulo para inovação, empreende-
dorismo e também uma boa qualidade
de vida. Por fim, ressaltou que, nos anos
de 2018 e 2019, se destacaram o trabalho
em questões como a desburocratização
e o conceito de cidade inteligente. Ela
ainda comentou que o Parque Tecnoló-
gico de Palhoça é um dos mais modernos
de Santa Catarina e com o melhor cus-
to-benefício. “Florianópolis tem o maior
parque tecnológico do Estado, mas o cus-
to para se montar uma empresa é muito
alto”, destacou.