VI ESSEG
SEGURANÇA PRIVADA FECHA 100 MIL POSTOS
DE TRABALHO EM CINCO ANOS
EM 2018, FATURAMENTO DA ATIVIDADE, UMA DAS PRINCIPAIS PAGADORAS DE
IMPOSTOS DO PAÍS, TAMBÉM CAIU E ATINGIU UM PATAMAR MENOR DO QUE O
REGISTRADO EM 2015
Jeferson Nazário explica os números atualizados do setor de Segurança Privada durante o ENESP Sudeste.
Empatado tecnicamente com a
deficiência na saúde pública (54%),
o aumento da criminalidade e da
violência (52%) aparece no topo da
lista de problemas apontados pelos
brasileiros, segundo pesquisa da
Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL). E, infelizmente,
a população tende a se sentir ainda
mais insegura.
Responsável pela proteção de
escolas, hospitais, indústrias, co-
mércio, bancos e órgãos públicos,
a segurança privada perdeu cerca
de 100 mil vagas de trabalho nos
últimos cinco anos. É o que revela
a VI Edição do Estudo do Setor da
Segurança Privada (ESSEG). Pro-
duzido pela Federação Nacional das
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Revista SESVESP
Empresas de Segurança e Transporte
de Valores (Fenavist), o VI ESSEG,
que traz um raio-x completo da ativi-
dade, foi lançado no final de junho,
em São Paulo.
Em 2014, eram 654.899 trabalha-
dores. No ano passado, o número
caiu para 553.905. A situação só
não foi pior porque, depois de três
anos consecutivos em queda, o setor
registrou um crescimento de menos
de um por cento (0,98%), em 2018.
De acordo com o VI ESSEG, a forte
crise econômica dos últimos anos
afetou diretamente o segmento. Vá-
rios contratantes fecharam as portas.
Outro aspecto que comprova o
encolhimento da segurança priva-
da mesmo diante do aumento dos
índices de criminalidade é a queda
no faturamento. No ano passado, as
empresas de segurança, vigilância,
escolta armada, transporte de valo-
res e cursos de formação receberam
pelos serviços prestados, segundo
estimativas, R$ 33.767 bilhões.
Quase um bilhão a menos que em
2017, que já havia registrado queda
em relação a 2016. É importante
ressaltar que os valores não corres-
pondem ao lucro. Incluem também
gastos com salários, impostos,
encargos sociais e outros.
“Infelizmente, não fomos surpre-
endidos pelos resultados. Na edição
anterior do levantamento, o indicati-
vo já era de queda no número de tra-
balhadores, o que foi provocado pela