Revista Sesvesp Ed 143 | Page 11

PERSONALIDADE SEGURANÇA PRIVADA COM REPRESENTAÇÃO NO SENADO MAJOR OLÍMPIO DIZ QUE TRABALHARÁ TAMBÉM PELA REGULAMENTAÇÃO DO SETOR U m recordista de votos surgiu das últimas eleições majori- tárias, Sérgio Olímpio Go- mes ou simplesmente Major Olímpio (PSL), obteve a marca histó- rica de mais de 9 milhões de votos em São Paulo para ocupar uma das duas vagas ao Senado do estado. A outra vaga coube à Mara Gabrili (PSDB). Quando as primeiras pesquisas de opinião apontavam uma significati- va margem de folga para o nome de Eduardo Suplicy (PT), poucos analis- tas políticos e científicos acreditavam em uma mudança de cenário. Con- tudo poucos dias antes da eleição no primeiro turno, o major Olímpio di- minuiu a distância para Suplicy, já se colocando como segundo melhor co- locado. Por fim, com a ajuda do efei- to Bolsonaro, e muito esforço próprio oriundo da sua atuação parlamentar, ele havia entrado para a história po- lítica nacional com um apoio popular de fazer inveja. “Eu sonhei que podia ser o segundo, depois do Suplicy, mas jamais o pri- meiro”, disse o senador eleito em re- cente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Ansiedade por começar”, é como o senador define sua expectati- va no momento que antecede a posse do novo governo. “Eu tenho esperan- ça de muita mudança positiva para o Brasil”, diz. “Se a oposição está espe- rando um tratamento ríspido, não vai ter. O tratamento será respeitoso.” Aos 56 anos, daltônico – confunde tons de azul, verde e marron -, é de Presidente Venceslau, distante 620 quilômetros da capital paulista. Filho do agente penitenciário Deraldo, já falecido, e da dona da casa e even- tualmente sacoleira Alaíde, que segue com seus 80. “Família pobre, infân- cia feliz”, revelou. Segurança Privada sempre foi pauta Além das polêmicas que nutriu como deputado estadual e federal, Major Olímpio foi sempre defensor ferrenho da Polícia Militar e de seus compa- nheiros de quartel. Nesse sentido, foi considerado ‘boca-dura’ por ser sem- pre a voz que reivindicava melhorias para a corporação e como parlamen- tar fez várias críticas ao governador, de então, Geraldo Alckmin e se no- tabilizou pelo bordão “Vergonha” em que aos gritos interferiu em um discurso público do mandatário pau- lista. A palavra foi ouvida também na frustrada posse do ex-presidente Lula como chefe da Casa Civil ao final do governo Dilma Rousseff. O senador eleito, além dessas defesas entende que a Segurança Privada tem uma função constitucional a cumprir e que vem fazendo isso ao longo dos anos, mas acredita que a normatiza- ção do segmento se dará com a entra- da em vigor do Estatuto da Segurança Privada que está em tramitação final no Senado Federal. “Acompanho o trabalho dos amigos empresários da Segurança Privada no país. Venho trabalhando, na Câmara dos Depu- tados para que o Estatuto entre em vigor. Agora como Senador, e com o documento naquela Casa, posso interceder pela definitiva aprovação. Garanto aos empresários do setor, meu trabalho incansável pelo anseio de todos e combate constante contra a clandestinidade no setor. Para isso a aprovação do Estatuto da Segurança Privada é primordial. Contem comi- go”, afirmou o novo senador eleito Revista SESVESP 11