PERSONALIDADE
SEGURANÇA PRIVADA COM
REPRESENTAÇÃO NO SENADO
MAJOR OLÍMPIO DIZ QUE TRABALHARÁ TAMBÉM PELA REGULAMENTAÇÃO DO SETOR
U
m recordista de votos surgiu
das últimas eleições majori-
tárias, Sérgio Olímpio Go-
mes ou simplesmente Major
Olímpio (PSL), obteve a marca histó-
rica de mais de 9 milhões de votos em
São Paulo para ocupar uma das duas
vagas ao Senado do estado. A outra
vaga coube à Mara Gabrili (PSDB).
Quando as primeiras pesquisas de
opinião apontavam uma significati-
va margem de folga para o nome de
Eduardo Suplicy (PT), poucos analis-
tas políticos e científicos acreditavam
em uma mudança de cenário. Con-
tudo poucos dias antes da eleição no
primeiro turno, o major Olímpio di-
minuiu a distância para Suplicy, já se
colocando como segundo melhor co-
locado. Por fim, com a ajuda do efei-
to Bolsonaro, e muito esforço próprio
oriundo da sua atuação parlamentar,
ele havia entrado para a história po-
lítica nacional com um apoio popular
de fazer inveja.
“Eu sonhei que podia ser o segundo,
depois do Suplicy, mas jamais o pri-
meiro”, disse o senador eleito em re-
cente entrevista ao jornal O Estado de
S. Paulo. “Ansiedade por começar”, é
como o senador define sua expectati-
va no momento que antecede a posse
do novo governo. “Eu tenho esperan-
ça de muita mudança positiva para o
Brasil”, diz. “Se a oposição está espe-
rando um tratamento ríspido, não vai
ter. O tratamento será respeitoso.”
Aos 56 anos, daltônico – confunde
tons de azul, verde e marron -, é de
Presidente Venceslau, distante 620
quilômetros da capital paulista. Filho
do agente penitenciário Deraldo, já
falecido, e da dona da casa e even-
tualmente sacoleira Alaíde, que segue
com seus 80. “Família pobre, infân-
cia feliz”, revelou.
Segurança Privada sempre
foi pauta
Além das polêmicas que nutriu como
deputado estadual e federal, Major
Olímpio foi sempre defensor ferrenho
da Polícia Militar e de seus compa-
nheiros de quartel. Nesse sentido, foi
considerado ‘boca-dura’ por ser sem-
pre a voz que reivindicava melhorias
para a corporação e como parlamen-
tar fez várias críticas ao governador,
de então, Geraldo Alckmin e se no-
tabilizou pelo bordão “Vergonha”
em que aos gritos interferiu em um
discurso público do mandatário pau-
lista. A palavra foi ouvida também na
frustrada posse do ex-presidente Lula
como chefe da Casa Civil ao final do
governo Dilma Rousseff.
O senador eleito, além dessas defesas
entende que a Segurança Privada tem
uma função constitucional a cumprir
e que vem fazendo isso ao longo dos
anos, mas acredita que a normatiza-
ção do segmento se dará com a entra-
da em vigor do Estatuto da Segurança
Privada que está em tramitação final
no Senado Federal. “Acompanho o
trabalho dos amigos empresários da
Segurança Privada no país. Venho
trabalhando, na Câmara dos Depu-
tados para que o Estatuto entre em
vigor. Agora como Senador, e com
o documento naquela Casa, posso
interceder pela definitiva aprovação.
Garanto aos empresários do setor,
meu trabalho incansável pelo anseio
de todos e combate constante contra
a clandestinidade no setor. Para isso a
aprovação do Estatuto da Segurança
Privada é primordial. Contem comi-
go”, afirmou o novo senador eleito
Revista SESVESP
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