MERCADO
Momento em que a FESESUL entrega uma placa de honra dedicada ao SESVESP
informais; dos serviços adicionais da
polícia nacional; da presença de coope-
rativas e da definição dos quadros sindi-
cais que passam funcionários de alimen-
tos, conselheiros e tantos outros como
guardas de segurança privada, que não
são. Sobre tudo isso, tenho dados esta-
tísticos muito interessantes para consul-
tar e, de fato, os repassamos na recente
reunião do FESESUL, realizada no dia
10 de novembro, na sede da ABREVIS,
em São Paulo.
Em relação à segurança privada na Ar-
gentina, ela possui características muito
específicas, porque seu regime de gover-
no federal concede às províncias (Esta-
dos, para o Brasil) uma ampla autono-
mia em termos de legislação regulatória.
Nesta linha de pensamento, as empresas
que pretendem trabalhar em todo o país
devem exigir a respectiva autorização,
concedida por cada uma das 24 jurisdi-
ções provinciais, além de, dependendo
do caso, as áreas de concorrência dos es-
paços aéreos (Aeroportos) ou marítimos
(Portos). Em qualquer caso, os procedi-
mentos são geralmente bastante simples
e com requisitos semelhantes entre os
dois.
No que diz respeito aos salários, são
regidos por acordos coletivos, que pro-
curam acordo entre as partes, ou seja,
representação de empresas e sindicatos,
cujo negociado deve ser posteriormen-
te aprovado pelo Ministério do Traba-
lho da Nação, o que torna obrigatória a
sua observância no nível nacional. Para
facilitar a comparação, o salário de um
guarda é de cerca de US$ 1.000, o que o
coloca entre os mais altos do nosso con-
tinente. Na Argentina, existem cerca de
1.600 empresas formalizadas, número
quase igual ao do Brasil, entre as quais
multinacionais não proibidas por lei,
como Securitas, Prosegur, G4S e, outras
estritamente eletrônicas, como ADT. O
total de guardas, aqui chamados de vigi-
ladores, no país é de aproximadamente
160.000, o que coloca o mercado, em
termos de volume, depois do Brasil e
do México e pouco antes da Colômbia e
do Equador. A informalidade média é de
40%, neste momento caindo, como re-
sultado dos controles que nossa Câmara
- Caesi – promove. Ela reúne entre seus
associados 93% da atividade total da se-
gurança privada. No que diz respeito ao
crescimento regional, estamos em média
de 3% a 7% ao ano, o que está longe de
8% a 11% estimado para a Europa.
RS: Explique um pouco sobre as
funções da FESESUL na área do
MERCOSUL.
GORINI: FESESUL é a organização
internacional mais antiga do nosso con-
tinente americano e eu ousaria dizer que
a única que mantém os protocolos le-
gais que a constituem. Foi fundada em
novembro de 1994, na Argentina, por
iniciativa de líderes da Argentina, Bra-
sil, Paraguai e Uruguai, acompanhados
pelo Chile e Bolívia. Ultimamente, a
Colômbia mostrou intenção de se asso-
ciar o que, claro, foi aceito. Embora a
sua sede seja o nosso país, a documen-
tação foi muito bem produzida por três
expoentes da segurança privada do Bra-
sil, como Victor Saeta de Aguiar, Jaco-
bson Neto e Percival Aracema, a quem
tenho um profundo respeito pessoal e
profissional. Nesse sentido, acredito
que a grande virtude da FESESUL foi
que o destino queria manter os mesmos
líderes de negócios na época, com algu-
mas exceções. Outra coisa boa foi res-
peitar a presidência pro tempore, o que
dá a oportunidade de girar as condutas
da Federação.
Suas funções específicas são manter
atualizadas as informações sobre
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