Revista Sesvesp Ed. 137 | Page 13

MERCADO Momento em que a FESESUL entrega uma placa de honra dedicada ao SESVESP informais; dos serviços adicionais da polícia nacional; da presença de coope- rativas e da definição dos quadros sindi- cais que passam funcionários de alimen- tos, conselheiros e tantos outros como guardas de segurança privada, que não são. Sobre tudo isso, tenho dados esta- tísticos muito interessantes para consul- tar e, de fato, os repassamos na recente reunião do FESESUL, realizada no dia 10 de novembro, na sede da ABREVIS, em São Paulo. Em relação à segurança privada na Ar- gentina, ela possui características muito específicas, porque seu regime de gover- no federal concede às províncias (Esta- dos, para o Brasil) uma ampla autono- mia em termos de legislação regulatória. Nesta linha de pensamento, as empresas que pretendem trabalhar em todo o país devem exigir a respectiva autorização, concedida por cada uma das 24 jurisdi- ções provinciais, além de, dependendo do caso, as áreas de concorrência dos es- paços aéreos (Aeroportos) ou marítimos (Portos). Em qualquer caso, os procedi- mentos são geralmente bastante simples e com requisitos semelhantes entre os dois. No que diz respeito aos salários, são regidos por acordos coletivos, que pro- curam acordo entre as partes, ou seja, representação de empresas e sindicatos, cujo negociado deve ser posteriormen- te aprovado pelo Ministério do Traba- lho da Nação, o que torna obrigatória a sua observância no nível nacional. Para facilitar a comparação, o salário de um guarda é de cerca de US$ 1.000, o que o coloca entre os mais altos do nosso con- tinente. Na Argentina, existem cerca de 1.600 empresas formalizadas, número quase igual ao do Brasil, entre as quais multinacionais não proibidas por lei, como Securitas, Prosegur, G4S e, outras estritamente eletrônicas, como ADT. O total de guardas, aqui chamados de vigi- ladores, no país é de aproximadamente 160.000, o que coloca o mercado, em termos de volume, depois do Brasil e do México e pouco antes da Colômbia e do Equador. A informalidade média é de 40%, neste momento caindo, como re- sultado dos controles que nossa Câmara - Caesi – promove. Ela reúne entre seus associados 93% da atividade total da se- gurança privada. No que diz respeito ao crescimento regional, estamos em média de 3% a 7% ao ano, o que está longe de 8% a 11% estimado para a Europa. RS: Explique um pouco sobre as funções da FESESUL na área do MERCOSUL. GORINI: FESESUL é a organização internacional mais antiga do nosso con- tinente americano e eu ousaria dizer que a única que mantém os protocolos le- gais que a constituem. Foi fundada em novembro de 1994, na Argentina, por iniciativa de líderes da Argentina, Bra- sil, Paraguai e Uruguai, acompanhados pelo Chile e Bolívia. Ultimamente, a Colômbia mostrou intenção de se asso- ciar o que, claro, foi aceito. Embora a sua sede seja o nosso país, a documen- tação foi muito bem produzida por três expoentes da segurança privada do Bra- sil, como Victor Saeta de Aguiar, Jaco- bson Neto e Percival Aracema, a quem tenho um profundo respeito pessoal e profissional. Nesse sentido, acredito que a grande virtude da FESESUL foi que o destino queria manter os mesmos líderes de negócios na época, com algu- mas exceções. Outra coisa boa foi res- peitar a presidência pro tempore, o que dá a oportunidade de girar as condutas da Federação. Suas funções específicas são manter atualizadas as informações sobre Revista SESVESP 13