Revista Sesvesp Ed. 137 | Page 12

MERCADO

Aquiles A. Gorini, presidente da FESESUL

O PENSAMENTO DA SEGURANÇA PRIVADA NO ÂMBITO MERCOSUL

AQUILES GORINI, PRESIDENTE DA FESESUL, EXPÔE A VISÃO DA ENTIDADE DO CONE SUL COM RELAÇÃO À ATIVIDADE, REGULAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA INTEGRAÇÃO

A

Revista SESVESP entrevistou com exclusividade o presidente da FESESUL- Federação de Câmaras e Associações de Empresas de Segurança Privada de Países do MERCOSUL, Aquiles Gorini, que compartilhou seus pensamentos e anseios do segmento da Segurança Privada no âmbito do MERCOSUL. Algumas diferenças regulatórias chamam a atenção de Gorini e são salientadas nesta entrevista:“ A segurança privada na Argentina possui características muito específicas, porque seu regime de governo federal concede às províncias( Estados, para o Brasil) uma ampla
12 Revista SESVESP autonomia em termos de legislação regulatória”, afirma ele.
REVISTA SESVESP: Como a Segurança Privada é estruturada na Argentina e na América do Sul?
AQUILES A. GORINI: A questão é, obviamente, muito ampla, uma vez que as estruturas organizacionais na América Latina e na América Central não são apenas bastante diferentes, mas não têm um equilíbrio, nem quantitativo nem qualitativo. Os países que compõem essas regiões respondem a regulamentos que são, em muitos casos, precários, com autoridades de aplicação muito diferentes e com trabalhadores que variam de 4.000 vigilantes, em alguns países da América Central, com 200 % de informalidade, aos 600.000 que tem Brasil, com mais de 150 % de informalidade. Pensamos que essas taxas são muito altas em relação a 20 %, por exemplo, no Chile, e comparáveis a 250 %, no México. Essas considerações devem ser avaliadas no contexto em que nosso continente, sem a América do Norte, emprega quase 2 milhões de guardas, dos quais mais da metade são de Brasil, México, Argentina e Colômbia, por essa ordem.
Essa presença poderia ser maior se não fosse pela concorrência desleal dos