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TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO:
INVESTIMENTO OU CUSTO?
EMPRESÁRIOS AINDA DISCUTEM SOBRE OS PROCESSOS INTERNOS, MAS A CAPACITAÇÃO VEM CRESCENDO
tempo de produção.
Até uma empresa pequena deve estabelecer
um processo de recrutamento, seleção e capacitação dos funcionários
com mais cuidado do
que geralmente se faz.
Ele deve ser focado em
encontrar a pessoa mais
capacitada para a vaga,
conforme o perfil necessário.
Após contratar, o funcionário deve ser integrado à empresa, sendo
apresentado a todos os
funcionários e setores.
Deve-se falar a ele sobre a empresa, seus produtos e modelo de trabalho. Seu desempenho
deve ser acompanhado
e é importante treiná-lo.
RicardRio Tadeu Corrêa, presidente As empresas precisam de
funcionários proativos.
da Associação Brasileira de Cursos de Formação
No mercado de segue Aperfeiçoamento de Vigilantes (ABCFAV) rança não é diferente. A
reciclagem dos vigilantes é prevista
egundo o SEBRAE – Serviço em lei e cada profissional deve cumpriBrasileiro de Apoio às Micro -la a cada dois anos. Mas o
e Pequenas Empresas, “a qua- que deveria ser visto como
lidade dos recursos humanos é, um investimento na mão de
indiscutivelmente, uma das principais obra, muitas vezes é encacausas de sucesso ou fracasso de uma rado como uma despesa, um
empresa”. Apesar disso, alguns empre- peso para as empresas.
endimentos contratam e selecionam o
Afinal, para tanto, o funfuncionário pensando no salário mais cionário precisa se ausentar
baixo que irá pagar.
por alguns dias de seu posto
Essa política permite economia no de serviço, recebendo norcurto prazo, mas implica, em médio
malmente. A empresa precisa substituir
prazo, no aumento de custos por causa
este funcionário, dobrando as despede baixa produtividade, falta de qualisas da corporação no período de recidade, ausências e alto turn-over.
clagem. Além das despesas (encargos
Alguns empresários acreditam que
o treinamento e a capacitação do fun- e benefícios), o curso de reciclagem é
cionário é um desperdício, pois quan- pago - esse investimento no treinamendo ele sai da empresa o valor investido to do profissional corresponde a apeserá perdido. Na verdade, o resultado nas 20% de toda a despesa. Ou seja, o
de um funcionário capacitado compen- foco é o treinamento, mas a maior parsa o valor investido mesmo com pouco te das despesas fica atrelada a outros
custos indiretos.
S
Esse cenário acaba tirando o incentivo na procura de cursos que ofereçam
mais do que somente a reciclagem básica. Uma pena. Afinal, a mão de obra
é fator crítico de sucesso na prestação
de serviços. É como alguém que vai
pintar uma casa e compra os melhores equipamentos, a melhor qualidade de tinta, mas contrata o pior
pintor. O resultado será uma péssima
pintura. O material será desperdiçado e
o serviço terá que ser refeito. Assim é
quando a mão de obra fica relegada em
segundo plano. Nem mesmo o melhor
planejamento de segurança irá salvar o
contrato se o desempenho do vigilante
for ruim. Não adiantará ter um folder e
um site bonitos e com mensagens positivas de marketing, se o vigilante não
souber se posicionar ou manejar bem
seus equipamentos, ou até mesmo permitindo-se cair em uma rotina prejudicial à sua performance, deixando de
ficar atento. É o treinamento constante
que relembra ao profissional os valores
de sua atividade. Os ensinamentos passados em sala de aula vão manter o vigilante centrado mesmo em momentos
de estresse e dúvida, levando a cumprir
os procedimentos estabelecidos.
Logo, é a boa atuação do vigilante que irá manter o contrato vigente. O vigilante bem
treinado e capacitado leva a
empresa ao sucesso. E o nível
de investimento no profissional determinará o futuro econômico da empresa a médio
prazo. A decisão por um bom
treinamento deve ser, por isso,
pautada nos resultados vindouros e não
na imediata despesa.
Institucionalmente, a ABCFAV –
Associação Brasileira dos Cursos de
Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes - vem cuidando para que a
qualidade dos treinamentos oferecidos
pelas empresas seja cada vez melhor e
mais significativo para o mercado de
segurança, contribuindo para o pleno
desenvolvimento do setor. ■
Revista SESVESP
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