Revista Sesvesp Ed. 131 | Page 27

NOTÍCIAS ABCFAV TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO: INVESTIMENTO OU CUSTO? EMPRESÁRIOS AINDA DISCUTEM SOBRE OS PROCESSOS INTERNOS, MAS A CAPACITAÇÃO VEM CRESCENDO tempo de produção. Até uma empresa pequena deve estabelecer um processo de recrutamento, seleção e capacitação dos funcionários com mais cuidado do que geralmente se faz. Ele deve ser focado em encontrar a pessoa mais capacitada para a vaga, conforme o perfil necessário. Após contratar, o funcionário deve ser integrado à empresa, sendo apresentado a todos os funcionários e setores. Deve-se falar a ele sobre a empresa, seus produtos e modelo de trabalho. Seu desempenho deve ser acompanhado e é importante treiná-lo. RicardRio Tadeu Corrêa, presidente As empresas precisam de funcionários proativos. da Associação Brasileira de Cursos de Formação No mercado de segue Aperfeiçoamento de Vigilantes (ABCFAV) rança não é diferente. A reciclagem dos vigilantes é prevista egundo o SEBRAE – Serviço em lei e cada profissional deve cumpriBrasileiro de Apoio às Micro -la a cada dois anos. Mas o e Pequenas Empresas, “a qua- que deveria ser visto como lidade dos recursos humanos é, um investimento na mão de indiscutivelmente, uma das principais obra, muitas vezes é encacausas de sucesso ou fracasso de uma rado como uma despesa, um empresa”. Apesar disso, alguns empre- peso para as empresas. endimentos contratam e selecionam o Afinal, para tanto, o funfuncionário pensando no salário mais cionário precisa se ausentar baixo que irá pagar. por alguns dias de seu posto Essa política permite economia no de serviço, recebendo norcurto prazo, mas implica, em médio malmente. A empresa precisa substituir prazo, no aumento de custos por causa este funcionário, dobrando as despede baixa produtividade, falta de qualisas da corporação no período de recidade, ausências e alto turn-over. clagem. Além das despesas (encargos Alguns empresários acreditam que o treinamento e a capacitação do fun- e benefícios), o curso de reciclagem é cionário é um desperdício, pois quan- pago - esse investimento no treinamendo ele sai da empresa o valor investido to do profissional corresponde a apeserá perdido. Na verdade, o resultado nas 20% de toda a despesa. Ou seja, o de um funcionário capacitado compen- foco é o treinamento, mas a maior parsa o valor investido mesmo com pouco te das despesas fica atrelada a outros custos indiretos. S Esse cenário acaba tirando o incentivo na procura de cursos que ofereçam mais do que somente a reciclagem básica. Uma pena. Afinal, a mão de obra é fator crítico de sucesso na prestação de serviços. É como alguém que vai pintar uma casa e compra os melhores equipamentos, a melhor qualidade de tinta, mas contrata o pior pintor. O resultado será uma péssima pintura. O material será desperdiçado e o serviço terá que ser refeito. Assim é quando a mão de obra fica relegada em segundo plano. Nem mesmo o melhor planejamento de segurança irá salvar o contrato se o desempenho do vigilante for ruim. Não adiantará ter um folder e um site bonitos e com mensagens positivas de marketing, se o vigilante não souber se posicionar ou manejar bem seus equipamentos, ou até mesmo permitindo-se cair em uma rotina prejudicial à sua performance, deixando de ficar atento. É o treinamento constante que relembra ao profissional os valores de sua atividade. Os ensinamentos passados em sala de aula vão manter o vigilante centrado mesmo em momentos de estresse e dúvida, levando a cumprir os procedimentos estabelecidos. Logo, é a boa atuação do vigilante que irá manter o contrato vigente. O vigilante bem treinado e capacitado leva a empresa ao sucesso. E o nível de investimento no profissional determinará o futuro econômico da empresa a médio prazo. A decisão por um bom treinamento deve ser, por isso, pautada nos resultados vindouros e não na imediata despesa. Institucionalmente, a ABCFAV – Associação Brasileira dos Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes - vem cuidando para que a qualidade dos treinamentos oferecidos pelas empresas seja cada vez melhor e mais significativo para o mercado de segurança, contribuindo para o pleno desenvolvimento do setor. ■ Revista SESVESP 27