ENTREVISTA
MENOS TRIBUTOS, MAIS
Formado em administração
de empresas e pós-graduado
em gestão empresarial, o
deputado federal Laércio
Oliveira (SolidariedadeSE) é vice-presidente da
Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC) e presidente
da Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo de
Sergipe (Fecomercio/SE).
P
or sua marcante atuação no Congresso Nacional em defesa do
desenvolvimento socioeconômico do Brasil, ele foi um dos três
melhores deputados federais do Brasil,
de acordo com pesquisa realizada pela
Universidade Estadual do Rio de Janeiro,
publicada na revista Veja em dezembro
de 2013. No ano passado, foi considerado
um dos parlamentares mais influentes do
Congresso pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Eleito em 2010 e reeleito em 2014,
Laércio Oliveira encampa seu mandato na defesa do setor produtivo, da
geração de emprego e da qualificação
profissional dos brasileiros. Com exclusividade para a revista SESVESP,
o parlamentar aborda temas caros
aos empresários: o aumento do PIS e
da Cofins, a terceirização e o Estatuto
da Segurança Privada.
Revista SESVESP: Quais são os
reflexos no setor de serviços do aumento do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição
para Financiamento da Seguridade
Social) proposto pelo governo?
8 | Revista SESVESP
Lamentavelmente, o governo continua insistindo no aumento dos
impostos, um absurdo, diante da já
estrondosa carga tributária. Estou
à frente de uma mobilização nacional contra esse aumento. Vamos circular por dez capitais do país para
convocar os empresários a resistir a
esse aumento. As principais consequências da mudança proposta pelo
governo, que altera a cobrança do
PIS e da Cofins, serão desemprego,
aumento de preços e inflação. O au-
mento da cobrança desses tributos
vai elevar em cerca de 5% a tributação para as empresas prestadoras
de serviços, o que vai agravar ainda
mais o cenário preocupante de estagnação econômica no país. O aumento da carga tributária em vários
setores da economia vai resultar no
repasse para o consumidor. O PIS e
a Cofins são pagos por empresas de
todos os setores e ajudam a financiar
a previdência social e o seguro desemprego. Pela proposta em estudo,