Revista Sesvesp Ed. 121 - 2015 | Page 13

Amianti. “A certificação permitiu que a empresa atendesse novos mercados, entre eles a agricultura de precisão.” DÉCADAS DE USO Originalmente, os Vants controlados remotamente tinham como objetivo permitir que soldados vigiassem ou até mesmo alcançassem determinada região de forma mais segura – a máquina poderia ser abatida, mas a vida do militar não seria posta em jogo. Os drones foram usados pela primeira vez como instrumento de guerra pelos norte-americanos durante a Guerra do Golfo, no início dos anos 1990. De lá para cá, a tecnologia embarcada nesses aparelhos mudou muito. De acordo com estudo da consultoria americana Teal Group, especializada em indústria aeroespacial, em 2013 o mercado de Vants movimentou no mundo US$ 5,2 bilhões, e a expectativa para os próximos 10 anos é que atinja a cifra de US$ 90 bilhões. Os drones, militares ou civis, já estão presentes em mais de 75 países. Uma evolução e tanto, já que apenas 40 nações contavam com esse tipo de equipamento em 2005, segundo relatório do Congresso americano. No Brasil, as Forças Armadas foram os primeiros a adotar os Vants, usados para missões de reconhecimento, avaliação de danos e vigilância terrestre e marítima de fronteiras, especialmente na Amazônia. Mais tarde, com a queda do preço e a possibilidade de locação, muitas empresas passaram a contar com drones em suas atividades. A diária de um aparelho pode variar de R$ 1.500 a R$ 6.000, dependendo da complexidade do equipamento. Há versões com menos de 2 kg, que voam até 150 metros de altura; outras com maiores autonomia e dimensão, a exemplo dos Vants criados pela XMobots. EMPRESAS DE SEGURANÇA X ESPIÕES DO CÉU Por enquanto, apenas as Forças Armadas têm autorização para usar os Vants em áreas públicas, para efeitos de segurança. Mas, como a legislação ainda não está clara, muitas empresas pri- vadas estão lançando mão dos drones para patrulhar seus espaços. É o caso, por exemplo, da Sonae Sierra Brasil, que começou a usar drones para fins de