Amianti. “A certificação permitiu que a
empresa atendesse novos mercados, entre eles a agricultura de precisão.”
DÉCADAS DE USO
Originalmente, os Vants controlados
remotamente tinham como objetivo
permitir que soldados vigiassem ou até
mesmo alcançassem determinada região de forma mais segura – a máquina
poderia ser abatida, mas a vida do militar não seria posta em jogo. Os drones
foram usados pela primeira vez como
instrumento de guerra pelos norte-americanos durante a Guerra do Golfo,
no início dos anos 1990. De lá para cá, a
tecnologia embarcada nesses aparelhos
mudou muito.
De acordo com estudo da consultoria
americana Teal Group, especializada em
indústria aeroespacial, em 2013 o mercado de Vants movimentou no mundo
US$ 5,2 bilhões, e a expectativa para os
próximos 10 anos é que atinja a cifra
de US$ 90 bilhões. Os drones, militares
ou civis, já estão presentes em mais de
75 países. Uma evolução e tanto, já que
apenas 40 nações contavam com esse
tipo de equipamento em 2005, segundo
relatório do Congresso americano.
No Brasil, as Forças Armadas foram
os primeiros a adotar os Vants, usados
para missões de reconhecimento, avaliação de danos e vigilância terrestre e
marítima de fronteiras, especialmente
na Amazônia. Mais tarde, com a queda
do preço e a possibilidade de locação,
muitas empresas passaram a contar
com drones em suas atividades. A diária de um aparelho pode variar de R$
1.500 a R$ 6.000, dependendo da complexidade do equipamento. Há versões
com menos de 2 kg, que voam até 150
metros de altura; outras com maiores
autonomia e dimensão, a exemplo dos
Vants criados pela XMobots.
EMPRESAS DE SEGURANÇA X ESPIÕES
DO CÉU
Por enquanto, apenas as Forças Armadas têm autorização para usar os
Vants em áreas públicas, para efeitos de
segurança. Mas, como a legislação ainda não está clara, muitas empresas pri-
vadas estão lançando mão dos drones
para patrulhar seus espaços. É o caso,
por exemplo, da Sonae Sierra Brasil, que
começou a usar drones para fins de