GESTÃO
PROTEÇÃO SUPERLATIVA
Divulgação
Grandes eventos atraem multidões, e apenas as empresas efetivamente legalizadas podem
garantir a segurança do público
planejamento de segurança
exige análise de vulnerabilidade minuciosa, demanda tempo. Em média, os preparativos
começam com seis meses de antecedência, conforme a complexidade do evento. E os profissionais devem ser capacitados em cursos específicos.
Ao apagar das luzes, o trabalho continua. “É hora de fazer o balanço, analisar
cada passo do processo, o que funcionou e o que pode ser melhorado”, explica Marco Antônio Lopes, diretor da
Sefra. “O aperfeiçoamento é constante,
diário, o ano todo, trocando expertises, discutindo os cases, treinando os
profissionais. Tem de estar muito bem
preparado, porque garantir a integridade física de multidões é muita responsabilidade, não é para amador. Por isso,
o Sesvesp criou a Diretoria de Eventos.”
O
DE OLHO NOS CLANDESTINOS
Pela lei, a segurança intramuros em
grandes eventos é privada e extramuros, atribuição da polícia. O artigo 19
da Portaria nº 3.233/12 exige formação
específica para que os seguranças privados atuem em eventos com público
superior a 3 mil pessoas. Lamentavelmente, há organizadores que contratam
empresas de segurança clandestinas.
14 | Revista SESVESP
Uma praga que macula a imagem dos
empresários sérios.
Na visão de Fábio Sales, diretor de Eventos do Sesvesp e sócio-diretor da Faqui,
alguns mascaram as funções, e a Polícia
Federal, com recursos escassos, não consegue fiscalizar. “Isso ocorre inclusive em
eventos da Federação Paulista de Futebol.
O vigilante intitulado como fiscal, orientador de público, faz o serviço de segurança,
barrando a passagem, coibindo brigas e
drogas, o que não é permitido”, revela o
diretor. E salienta: “O Sesvesp comunica
à PF assim que recebe uma denúncia de
contratação de seguranças clandestinos
em eventos”.
“O tomador procura sempre o mais
barato, e nem sempre o mais barato é o
legal. Ou se aplica rigorosamente a lei,
responsabilizando também o tomador,
ou se rasga a legislação”, defende José Lopes, diretor da Gocil. Para ele, se em caso
de acidentes os promotores do evento
fossem responsabilizados com rigor, a
segurança seria mais eficaz, com custo
muito menor e efeito legal muito maior.
“A polícia poderia se concentrar apenas
na parte estratégica, o que aumentaria
sua eficiência.”
E evitaria casos como o da Universidade de São Paulo (USP), quando um aluno
morreu depois de uma festa. A segurança
era feita pela COS Serviços, que alugou o
alvará de outra empre