Revista Sesvesp Ed. 121 - 2015 | Page 14

GESTÃO PROTEÇÃO SUPERLATIVA Divulgação Grandes eventos atraem multidões, e apenas as empresas efetivamente legalizadas podem garantir a segurança do público planejamento de segurança exige análise de vulnerabilidade minuciosa, demanda tempo. Em média, os preparativos começam com seis meses de antecedência, conforme a complexidade do evento. E os profissionais devem ser capacitados em cursos específicos. Ao apagar das luzes, o trabalho continua. “É hora de fazer o balanço, analisar cada passo do processo, o que funcionou e o que pode ser melhorado”, explica Marco Antônio Lopes, diretor da Sefra. “O aperfeiçoamento é constante, diário, o ano todo, trocando expertises, discutindo os cases, treinando os profissionais. Tem de estar muito bem preparado, porque garantir a integridade física de multidões é muita responsabilidade, não é para amador. Por isso, o Sesvesp criou a Diretoria de Eventos.” O DE OLHO NOS CLANDESTINOS Pela lei, a segurança intramuros em grandes eventos é privada e extramuros, atribuição da polícia. O artigo 19 da Portaria nº 3.233/12 exige formação específica para que os seguranças privados atuem em eventos com público superior a 3 mil pessoas. Lamentavelmente, há organizadores que contratam empresas de segurança clandestinas. 14 | Revista SESVESP Uma praga que macula a imagem dos empresários sérios. Na visão de Fábio Sales, diretor de Eventos do Sesvesp e sócio-diretor da Faqui, alguns mascaram as funções, e a Polícia Federal, com recursos escassos, não consegue fiscalizar. “Isso ocorre inclusive em eventos da Federação Paulista de Futebol. O vigilante intitulado como fiscal, orientador de público, faz o serviço de segurança, barrando a passagem, coibindo brigas e drogas, o que não é permitido”, revela o diretor. E salienta: “O Sesvesp comunica à PF assim que recebe uma denúncia de contratação de seguranças clandestinos em eventos”. “O tomador procura sempre o mais barato, e nem sempre o mais barato é o legal. Ou se aplica rigorosamente a lei, responsabilizando também o tomador, ou se rasga a legislação”, defende José Lopes, diretor da Gocil. Para ele, se em caso de acidentes os promotores do evento fossem responsabilizados com rigor, a segurança seria mais eficaz, com custo muito menor e efeito legal muito maior. “A polícia poderia se concentrar apenas na parte estratégica, o que aumentaria sua eficiência.” E evitaria casos como o da Universidade de São Paulo (USP), quando um aluno morreu depois de uma festa. A segurança era feita pela COS Serviços, que alugou o alvará de outra empre